Não me rotule de louca, porquê exploro como uma bomba nuclear, e falo frases imensas sem pausas para respirar quando tudo dói, escrevo pra colocar o sentimento pra fora, assim como um alcoólatra vomita pra se sentir melhor, jogo tudo pro alto só pra eu recolher o caos em uma dessas quintas-feiras em que não se tem nada pra fazer.
Eu grito, choro e faço da terra o inferno. depois, tiro os sapatos, encosto a cabeça no sofá e fico em silêncio.
se você for me amar, me ama hoje, me ame até não aguentar, ame até doer, mas eu quero agora, eu te quero agora, o depois não me interessa.
o que eu quero dizer é que, se as pessoas fossem corpos celestes, eu seria uma alma viajante, e o nosso amor o lixo espacial. uma estrela, que de dor e caos, explodia. ia brilhando, cegando, tão quente e intensa quanto uma galáxia. Eu não sei amar pouco, eu prefiro viver um amor devastador de uma semana do que anos de monotonia. eu amo o equivalente de uma vida inteira em uma semana, foram violentas minhas últimas despedidas, e a corrida de volta para casa, a pronúncia abafada de algumas palavras meio a delírios e lençóis. e, ainda, como os anos passam depressa. E eu sinto que te conheço de outras vidas. Eu te amo muito mas no entanto meus joelhos seguem feridos, mas o meu amor segue imenso, minha paz é latente. Mas vivo em constante guerra com o meu coração encantado com você. Coitado, ainda se prende às coisas bobas. eu posso cometer muitos erros, ser uma daquelas vadias desesperadas que se agarra a qualquer idéia de ter alguém, mas eu prefiro ter um puta coração e deixar ele ser destroçado com outras milhões de ideias tolas, mas todo o meu amor foi real como os socos que a vida te deu por achar que sabia tudo sobre mim... e foda-se a obviedade dos meus sentimentos. tudo que é real alguém já viveu antes e julgou antes e condenou antes porque é essa porra de tempo que nos prova convictamente dessa existência massacrante toda vez que passa.
Eu não estou apaixonada. Você nunca me viu apaixonada. E nunca vai ver. Eu não presto apaixonada. não presto. e você tentando me convencer que também não está. E tenta me convencer pra eu não estar. rarara. e eu entro na roubada sabendo como vai ser. eu me conheço, não presto. e o coração dando pontadinhas enquanto sobe e desce da boca do estômago, e meu olhar vago como um autista reflexivo, e a tremedeira na perna como alguém com mal de Parkinson em estágio terminal. E os meus pedacinhos de sentimento vão se espalhando e eu abaixo pra recolher e colocá-lo na minha bolsa, só pra você saber que eu não estou apaixonada, mas eu não estou, as vezes estou, as vezes não sei. depois eu desencano, reclamo, me rebato, me arrependo, jogo tudo pra cima e encano de novo. ah, os loops sem fim, como correr em círculos. é sempre a mesma coisa e depende só de mim: apaixonada eu me escoro na sarjeta e fico.
Paola. 21. Libra. Sou uma princesa prisioneira dos meus próprios dragões emocionais. E eu não preciso ser salva.
Eu gosto mesmo é do estrago
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Paola
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