Eu namorei com ela metade da minha vida, a outra metade eu só existia.
Eu lembro bastante dela, ela era muito alegre, aabe alguém feliz? Ela era feliz. Ela usava roupas feliz, e colorida, e ria de si mesma quando tudo ia mal, eu lembro que uma vez estávamos brigando, eu estava estressado por causa do trabalho, e do nada, ela lembrou de uma vez que eça abraçou um completo estranho por trás, porque achou que era eu. Ela me lembra muito aquela cena de filme americano clichê, que a garota anda em câmera lenta com o cabelo ao vento, e o vestido voando, tocando alguma música da Katy Perry no fundo, é isso, só que na vida real ela tropeçaria. Ou talvez desse de cara no vidro, não sei, esse esse jeito estabanada, distraida, riria de si mesma por horas. Se você me perguntasse a maior qualidade dela, eu diria que ela é autêntica, ela além se ser feminina, dirigiria um trator, se precisasse, essa mistura de feminina e ao mesmo tempo ser tão forte, era uma coisa que me encantava porque, eu nunca sabia quando ela estava mesmo triste, era a única coisa que ela fingia bem, ela era muito delicada quando queria, mas também ela tinha uma coisa do "Vamo", Vamo carpir o quintal? "VAMO" ela não ligava, ela era ela, ela também tinha umas crises de sincericidio, nunca deixou nada incomodar ela, ela era muito especial, ela é Mulher Maravilha e Super Homem ao mesmo tempo, e ao mesmo tempo em que ela me ajudava a organizar minha vida, com os conselhos inteligentes, fingindo que sabia o que estava fazendo, ela fazia tudo ao contrário do que sugeria, ela foi muito especial pra mim, eu lembro porque terminamos, mas não lembro porque nós paramos de nos falar, acho que eu nunca mais conheci alguém que me fazia rir, como ela fazia. Ela dizia que não tinha medo de não conhecer alguém legal, ela tinha medo de não ser feliz, eu soube que ela encontrou alguém legal, de vez em quando penso em ligar pra ela, eu tenho certeza que ela esqueceria o ódio que sente por mim, pra me contar sobre o novo chefe rabugento e imitaria o jeito dele falar, ela conversava sobre qualquer assunto, de política à futebol, ela amava futebol, nossa primeira briga foi vendo futebol, ela sonhava em viajar o mundo, aos 25 ela queria estar na Europa, vivendo em um apartamento mais ou menos, mas eu soube que ela conheceu o namorado, e ele é de Orlando, e eu sei que ela deve estar apaixonada por ele, pois ela nunca embarcou em um relacionamentos se não fosse intenso, eu lembro das historias dela, ela contava umas historias complicadas, de como ela fugiu de casa pela primeira vez, eu nunca entendi muito, mas ela ficava linda falando, e eu não podia furtar esse momento do mundo. O que eu mais sinto falta nela? Quando ela tinha crise de insegurança, ou ficava nervosa, falava como uma maritaca, e não conseguia parar de falar, sinto falta dela, ela vive a história, que só quem a conhece como eu a conheci, saberia entender.
Paola. 21. Libra. Sou uma princesa prisioneira dos meus próprios dragões emocionais. E eu não preciso ser salva.
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