Há muito tempo eu não escrevia pra você. Talvez tenha finalmente te superado. Ou talvez fingido que eu não morri de saudades. Engraçado, passei os últimos dois meses te odiando, de uma forma nada bonita, mas todas às noites eu fui dormir com você na cabeça, mas dessa vez foi diferente. Foi diferente porque ontem eu não senti saudade como o de costume, era só tristeza e mágoa misturada. Era uma imensa vontade de te ligar pra ouvir a sua voz, e ao mesmo tempo eu sei que se você quisesse me ligaria. Quando você voltou eu sabia que você continuava o mesmo sem graça, monossílabico, frio, e me achando infantil por que faço piadas com coisa séria, ao mesmo tempo eu queria acreditar que você era diferente, porque eu sempre tive esperança em você, porque de todas as minhas opções você ainda era o meu favorito, sempre achei que um dia a gente ainda ia se abraçar, e você se desculparia por todos aqueles erros. Fiquei durante muito tempo pensando numa possibilidade de te ligar e fingir que foi engano só pra eu lembrar da sua voz, e porque eu gostava tanto dela. Mas nunca liguei. Você volta, e me deixa mais confusa do que eu já sou, as não é confusa por não saber se eu ainda gosto de você, é confusa porque eu não sei o que você quer de mim, é só sexo? distância? E sexo e distância? Você continua o mesmo, achando que ser frio é ser demais, que não demonstrar sentimentos te faz mais forte, e menos sozinho na vida, foi aí que decidi esquecer essa porra que eu sinto por você, que eu não sei bem o que é, sabe eu não sei o que mais doía, o quase-amor que éramos, porque no fundo eu queria que fosse amor. Ou o fato de eu ter gostado de uma versão sua, que só existe na minha cabeça. Ontem eu apaguei o seu número, de novo. Jurei pra mim mesma que ontem à noite seria última vez que eu iria olhar suas fotos e ler nossas conversas antigas, apaguei suas mensagens, exclui suas fotos, apaguei as suas gravações de voz. Ficou um vazio, igual quando você foi embora pela primera vez. Chorei até dormir, chorei não porque sou fraca, chorei porque apesar de tudo, não havia um só dia que eu não pensasse em você. E acordei lembrando que havia sonhado com você. Não éramos namorados, nem crush, nem affairs éramos só amigos, Não chorei mais. Em compensação quebrei meu juramento assim de não querer mais saber de você, e quando acordei fui correndo ver o celular, me certificar que talvez teria um sinal de fumaça teu. Mas não tinha. Fiquei emburrada o dia inteiro, aí você me procura, de novo se desculpando, e eu acabei sorrindo ao ver você falando comigo, mesmo sabendo qie você só me procurou, porquê não tinha ninguém melhor pra procurar. Queria tanto ficar bem sem você, sem falar, sem olhar pra suas fotos nas redes sociais, sem contato, mas ao mesmo tempo quase morro quando você banca o despreocupado e fica sem me dá notícias. Já basta essa distância insuportável denunciando que USA não é perto do Brasil. E aí você coloca outra distância, me separando da vontade de dizer tudo o que você significa pra mim, e o orgulho martelando, dizendo que se você quisesse, me procuraria. Mas, decidi que preciso te esquecer. Só que eu acabo lembrando, de como você é lindo quando é fofo, do seu sorriso, dos seus olhos, das suas mãos, e de como quando você sorri, o mundo inteiro perde a graça. Talvez essa é a parte que mais me dói, ter que esquecer tudo isso, das suas pintas no seu corpo que mais se parecem com contelações, e o seu jeito meigo e fofo dizendo que tem saudade. Ou talvez, o que mais me dói é ter fantasiado a nossa relação porque você me deu espaço pra isso, e ter te inventado melhor do que você é. Durante muito tempo eu esperei por você, mas infelizmente, eu não moro no seu bairro vizinho, nem na sua cidade, eu moro em outro país, talvez se um dia você voltar de novo peça pra ficar e prometa nunca mais desistir de mim, eu volte a me apaixonar pelo o que eu inventei de você, de novo. Até lá, eu continuo me apaixonando por pessoas aleatórias porque eu vejo partes de você, nelas.
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