Ela não se prende, garoto. Nem tenta! Pode dizer aos teus amigos que hoje ela não vem… Quem sabe, amanhã, ela apareça com cara de saudade, procurando um espaço nos teus braços, lavando tua louça enquanto resmunga que odeia bagunças. Ela é assim: livre. Solta feito um pássaro que faz ninho, mas não perpetua morada. Canta no teu ombro em dias nublados, voa quando precisa sentir. Caso um dia sentires vontade de acompanhá-la, aprender a voar é o primeiro passo para que o som da liberdade dela continue cantando na janela do teu ouvido. Afinal, quem vive preso, uma hora morre engasgado pela dor do próprio silêncio.
Guilherme Pintto
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