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Que saudades que eu estava, de mim...

Poucas coisas me motivam de verdade, uma delas são os "pé na bunda" que a vida me dá, que servem apenas para nos impulsionar para frente, sofrimento é opcional. Quer saber se eu sinto Saudade suas? Saudade mesmo eu senti é de ser quem eu era antes de te conhecer. Saudades de prender meus cabelos e andar por aí, sem a esperança de esbarrar com você nas ruas do nosso bairro. Saudades de me prender aos meus livros, às minhas séries, e às minhas musicas sem a pretensão de encontrar você alojado nas entrelinhas e nos refrões, e nos diálogos que nunca teremos. Saudade eu senti de olhar pro Telefone sem esperar que fosse você, saudade eu tava é de me jogar sem a esperança de você estar lá pra me salvar, você foi como uma brisa de fim de tarde, foi bom, refrescou os meus dias quentes, e agora já é noite. Eu sei que a nossa pseudo-história foi linda, sei que não foi tempo jogado fora, foi bom, mas acabou, e vida que segue, não fui eu que decidi fazer com que tudo acabasse, com que o nosso fim chegasse, mas alguns finais são necessários para compor esse processo louco chamado vida.

Eu poderia sim correr atrás de você, dizer pra gente dá um jeito, que o importante, é estarmos juntos, mas não vale mais a pena querer estar ao lado de alguém que está bem sem nós. Sabe, você fez a coisa certa, escolheu o seu caminho e decidiu pedir para que eu seguisse a vida e é isso que eu estou fazendo. Eu continuo sendo a mesma pessoa que você conheceu, mas agora com novas perspectivas, novas prioridades, e novas opções. Eu sou muito mais eu! Decidi fazer isso, e te libertar do direito de ter aalguém como eu na sua vida. Perceber quem eu sou, me dá o valor que você nunca enxergou em mim, e me dar ao direito de ser feliz comigo mesma,  sem precisar de alguém pra me transbordar. Eu sempre soube que eu sou completa demais pra me contentar com metades inexpressivas, e um vez eu eu li uma frase assim "você é linda demais pra ficar sofrendo por um amor meio bosta"  mas eu não guardo rancor, nem te desejo mal, muito pelo contrário, eu espero que você seja muito feliz, que consiga resgatar seu relacionamento, ou termine e encontre alguém melhor.
Eu nunca critiquei a sua pseudo-liberdade nem a forma como você julgava certo viver. E nem vou. Maturidade é poder olhar para trás e dizer “Foi bom enquanto durou, espero que ele encontre alguém que o mereça”. Pessoas certas não aparecem todos os dias e nem todo relacionamento vai durar eternamente, nem todo sentimento é o que parece ser. Precisamos superar etapas, aprender a lidar com pessoas egocêntricas, egoístas, bondosas e até mesmo vingativas. Só depois de muito cair e esfolar a cara diversas vezes, estaremos preparados para ser felizes com alguém. Finais São fundamentais, sem eles nunca sentiríamos aquela sensação de liberdade ao se soltar de algo que nos prende…

A gente se vê

É, loira, é estranho começar uma carta para você, já faz bastante tempo desde a última vez, não? Você ainda usava uma mexa rosa no cabelo, soube do seu blog através da Sarah, eu ainda converso com elas as vezes, e ontem tive coragem para perguntar sobre você, li cada texto, e me impressionei com o modo como você falava de mim, já que não terminamos o nosso namoro de forma amigável. Eu sei que você faz aniversário essa semana, sei que é no dia 28, viu? Eu queria tentar escrever uma resposta para o texto intitulado como: Meu amor épico.

Quando eu te conheci, eu estava no ultimo ano do ensino médio, e você estava no segundo, você me chamava de orelhas de elfo, e dizia que nunca ficaria comigo, porque eu era muito convencido. Eu lembro também que um dia você me disse que sonhava em falar alemão, eu ri, e dizia que você era louca, e questionava, porquê alemão? E não francês? Você tinha alma parisiense só não sabia ainda. No dia seguinte você me disse que estava fazendo alemão, você sempre foi muito pragmática. Eu lembro também que você era toda cheia de si, e dizia que nunca iria se apaixonar, e que achava brega essa palavra, nada parecia te assustar, exceto palhaços, e medo de amar. Meses depois se você se visse cantando Armandinho para mim em um luau com os nossos amigos, você riria de si mesma? Te conhecendo assim, ainda acho que sim. Você me mostrou os seus medos e inseguranças, odiava tanto sentir ciúmes, que um dia apenas parou de sentir, até fez amizade com a Carol. Quem te vê rindo do ridículo de nossas paixões, nem imagina que por trás dessa pose aí, é fofa e se derrete por uma demonstração clichê. Hoje eu olho para você e vejo como está mudada, deve até está falando alemão fluentemente, e planejando alguma viagem louca pra Europa, pra fugir da tranquilidade que é isso aqui. Hoje eu olho para você e não vejo a mesma pessoa, não conheço mais os seus medos e inseguranças, não sei sobre os seus amores, nem como anda a vida, mas sei que você está bem, e fazendo as pessoas ao seu redor bem. Sol loiro, Lembra de quando cantamos junto? Eu me lembro, lembro que você tinha dificuldades de fazer pestana e se desfez das suas unhas enormes só pra aprender. Bem, acho que me lembro de tudo, de como eu te conheci, e de como terminamos. 
Lembro também que você ficou tão chateada por ter que nos distanciar de forma abrupta, que eu achei melhor me justificar naquela mensagem, que você, como sempre, orgulhosa não me respondeu. Nem no outro dia, nem na semana seguinte, mas um dia em um desses sacolejos que a vida nos dá, nos esbarramos no estacionamento do supermercado, você não estava tão descabelada assim. E cara, como você falou! Falou que estava cansada de querer saber de mim, e me disse algo como "Cara, você fica tão brega com camisa polo, eu até te abraçaria, mas não quero voltar a sentir sua falta.". Você reclamou do meu silêncio e eu quis te abraçar. Mas no outro dia, você não sabe o quanto eu tive vontade de saber de você, se tava namorando, se tinha conhecido alguém, se estava feliz, se ainda frequentava o alemão, também senti falta de te mandar mensagens, e de ouvir a sua voz de sono pela manhã, e de como você dizia que eu era o seu ogro. Quis dizer que você me faz falta pra caralho quando não esta me xingando de ogro, fedorento, inútil, imprestável, ou quando não esta me fazendo como meio de transporte, sinto até falta de quando você dizia que nunca iria me amar, e de quando se acha a gostosa mas na real é um esqueleto sem graça que não serve para perder nem um minuto, talvez porque um minuto seja pouco, e eu queria muito mais do que isso, queria voltar a ser seu meio de transporte, seu ogro, mas talvez daqui uns anos, ou talvez décadas, quando estivermos velhinhos, mesmo estando com a coluna debulhada, por conta das noites de sexo selvagem contigo. kkkk, Talvez eu ainda te sirva como transporte. Também imagino que você vai estar gordinha por conta dos seus 5 filhos que você vai ter, mas não engorde muito porque minha coluna não é de ferro também né. Me perguntam porque eu não estou mais com você, e tem vários motivos, apesar de nenhum deles mudar o carinho que eu tenho por você, ainda tenho consciência do mal que eu lhe causei, peço perdão por toda frustração, hoje eu sei que eu não sou mais o que você precisa, quer ou merece. As vezes me arrependo de toda merda e me perdoa por não ter lhe feito a mulher mais feliz, não foi falta de amor, e sim entendimento, mas uma coisa eu tenho certeza de que alguém vai te amar, e você vai encontrar um novo destinatário, e você nem vai lembrar que me odeia. Até hoje sinto falta de te ouvir, das suas reclamações, da sua falação e de como ficávamos até de manhã cedo no Skype. Eu dizia como você era linda pela manhã, e você dizia que eu ficava meio gay quando tentava ser meigo, se tem alguém que me faz sentir gay, é você. Uma vez ou outra escuto Taylor Swift, e lembro como você dançava tão desajeitada, que ainda assim era linda. E olha essas coisas que eu acabei de falar, como você mesmo diz/ dizia, "Cara, tá muito gay." Por fim, não vou prolongar mais, só vou desejar feliz aniversário, por que você merece ser a pessoa mais feliz do mundo! Você é especial. Linda por dentro e por fora. Nunca, em nenhuma hipótese mude. Nem mesmo sua chatice e a sua tagarelice, e todos os seus Ices. E mesmo depois de tanto tempo, só tenho a te agradecer, por ter me feito tão importante para você, e por ter me enxergado como mais ninguém me enxergou, mesmo sendo tão jovem, e boba, com seu jeito espontâneo, conseguiu me ensinar tanta coisa sobre a vida. Posso dizer que você foi a melhor coisa que já foi minha,i e também que é a única que merece alguma explicação minha ou uma despedida. Mas lembro que uma vez quando conversamos e você disse que despedidas são muito chata, e que odeia se despedir, eu concordo. Então vou terminar isso com um ‘Um dia a gente se vê’. Por que sei que eu ainda vou encontrar contigo, te dar um abração e agradecer por ter entrado na minha vida.. Então... É isso ai. A gente se vê.

Me envolver com alguem

sempre me deu um pouco de preguiça porque já decorei todas as histórias escritas para mim, conhecer > Se encantar> Se apaixonar> Enjoar. Porque as pessoas cobram? Porque acham que o parceiro tem que se submeter as suas vontades? Porquê ter ciúmes obsessivo? Porquê as pessoas falam de amor na internet, e na vida real sequer tem assunto? Isso é carência? Medo de ficar sozinho? As pessoas falam que se amam com tanta facilidade que banalizaram a palavra "Amor". As pessoas levam aquele mandamento de Deus "Amar o próximo" tão ao pé da letra, que amam todo mundo, e esquecem de se amar.

Pra quê dizer que me ama? Se os seus olhares discretos te entregam, eu posso não ter a capacidade de dizer que eu te amo, Mas eu espero que as minhas mensagens confessando que estou com saudade falem por mim. Você pode nunca nunca ter confessado, o que sente por mim, mas quando nós abraçamos apertado, Eu sei.

Enquanto todos se prendem à conceitos, aprovação da sociedade, aparência, status, conta bancária, eu enxergo outra coisa. Eu enxergo o que mais ninguém vê. O que mais ninguém se importa. Eu amo o modo como suas mãos se encaixam tão perfeitamente nas minhas, que parece que foram feitas para ser entrelaçadas. Eu amo como você faz eu me sentir quando estamos juntos, eu amo a forma que você olha pra mim, mesmo quando o assunto acabou, eu amo quando o seu cheirinho fica preso no meu moletom, eu amo quando você ia me ver no portão da escola, eu amo como você me liga pra saber se cheguei em casa bem. Eu amo quando ficamos duas horas no telefone, mesmo quando não temos mais o que falar, eu amo quando a gente se olha silenciosamente, e seus olhos me dizem mais do que você conseguiria colocar em palavras. Eu amo a forma como você me tem, sem eu ser completamente sua. O jeito que você fala, odeio o seu lado meigo, que trás à tona o meu lado meigo também. Eu amo como você acalma coração ansioso, paranóico.  Eu amo quando eu não quero dizer algo, e você sabe exatamente o que eu quero dizer. Eu amo mesmo, é às nossas noites mal dormidas, da dor no coração a cada despedida, sem saber quando nós nos veremos. Eu amo suas mensagens no fim da tarde, ou no fim de noite, quando passamos o dia inteiro sem nós falar. Eu amo sua voz calma, afastando toda ansiedade, medo. Sei lá, eu só amo.

Ah, A libriana

Ela cruza ruas e sobe escadas com a certeza de que deixou alguma coisa pra trás. Ou melhor, deixou alguém. Vive com a sensação de que poderia ter escolhido uma das outras 99 opções que não escolheu. Vive um sentimento brusco que joga com ela, perguntando “e se?” o tempo inteiro.
Chega sozinha e se depara com espelhos por toda a parte, mas atravessa o salão sem fazer barulho. Ela é capaz de dar saltos e piruetas perfeitas sem fazer estrondo nenhum, já se perguntou se deveria fazer mais barulho, já se perguntou se deveria reverberar pelos quatro cantos do mundo, mas isso vai contra a natureza dela. Mesmo que fale com todos, mesmo que tenha essa inquietação bonita no peito de quem procura o sentido da vida, ela nunca será estardalhaço. Pode ser neblina, pode ser muita coisa, mas a tempestade que cabe nela é chuva de verão. Vem, faz estrago, logo vai embora e vida que segue.
Ela espera por alguém que não veio ainda, alguém que não chegou. E pode ser que não entendam essa busca, que a chamem de Summer – mas ela se sente tão Tom, sente que perde alguém a cada nova tentativa, sente que não era pra ser. O coração dela é brado retumbante, mantido vivo por histórias de amor. Contos de fadas são pequenos pra ela. Ela não gosta muito de coisas finitas e redondinhas, que começam num ponto de partida e não atingem o infinito. Se for pra ser amor, que seja algo que a atravesse. Que fique claro isso.
Ela não vai te deixar entender nada daquela coisa de passar um dia inteiro com você e desligar o telefone, sumir do mundo, ser só dela no dia seguinte. Não vai te deixar entender a coisa toda de sorrir pro mundo e reclamar que anda sozinha. Não vai te deixar entender o pessimismo quanto às manchetes de jornal e a empolgação com a chegada de um nãonovo amor. Ela não deixe que ninguém a entenda porque, na verdade, ela não sabe explicar. Mas isso é segredo seu e dela, e ninguém mais precisa saber disso. Ninguém.

Autor: desconhecido

Diga o que sente...

Queria que isso não fosse assim, eu jurei pra mim mesma desligar todos os sentimentos, e continuar com você sem cobranças, sem julgamentos, sem ciúmes, sem medo. Até tentei me ligar em alguém, tentei mesmo, mas todas as vezes que eu tento gostar de alguém, você está bem aí agindo como, talvez você só queira me ver presa a você como você não está em mim. Queria conversar chegar a um consenso, e  descomplicar as coisas pra eu ver com clareza, mas não dá pra descomplicar sem antes complicar tudo, você não diz pra uma garota que gosta dela e simples assim, eu já perdi as contas de tantas vezes que eu desisti da gente, aliás, desisti de você, e me pego mudando de idéia NOVAMENTE. Porque eu To cansada de me decepcionar com as pessoas NOVAMENTE, eu não quero ter que passar por isso NOVAMENTE. Eu não quero perguntar o que tu sente por mim, NOVAMENTE, porque eu sei que NOVAMENTE, você não sabe o que é.


Cansei de gostar de você é não poder demonstrar, porque a idéia de gostar de mim de volta te assusta, te apavora, e você faz eu me sentir uma louca por achar que você gosta de mim de volta, e se sente da mesma forma, mesmo quando não admite.  Porque parece que a gente só dá certo separados? Foi um erro continuar contigo quando eu sabia que deveria ter Saido correndo quando você mostrou a saída, quando dentro de mim dizia que eu deveria sair dali e eu ignorei isso o máximo que pude. Você sugere que eu fique, mas não faça morada, no espaço que você nem deu pra eu ficar. Eu sei que eu tenho que ir, me desprender de tudo o que me liga a você, porquê não quero ser um rascunho no seu rodapé, não adianta tentar permanecer num lugar que não me cabe, eu não me encaixo, no teu corpo eu encontro uma paz, sinto que eu deveria bater o pé, e ficar, mas quando vejo aquelas fotos do seu cotidiano, me sinto sobrando, e sinto que sou alguém sem importância. Mesmo quando pensei em desistir, eu tentei. Mesmo quando você não disse aquelas coisas que eu precisava ouvir pra continuar, eu fiquei. Mesmo quando você disse pra eu ir, eu voltei. Não me arrependendo de nada que fiz muito menos do que deixei de fazer por você, só que me machuca não ser a garota que te vem a mente, quando te perguntam sobre idealização do que é amor.

Por mais assustador que isso seja, não vou mais sentar e deduzir o que você está pensando. Porque você não me dá nenhum motivo pra ficar? Essa coisa de se doar pelas metades, pra não transbordar as beiradas não é para mim, vou transbordar até não der mais, até inundar o chão, isso te incomoda? Simples, vá embora. Não gosta? se afasta. Gosta de mim? Fica comigo, mas antes me deixa saber. Aqui não é 8 ou 80 não meu bem. Aqui é 0 ou 1000000, ou você demonstra e diz, ou você foge. Não dá mais. Ou você se joga, ou você foge como se fosse um garotinho assustado. Você diz que eu sou louca, mas não sou desordeira. Coloco essas palavras nessa conjunção louca, embora eu já saiba sua resposta, sobre todas minha perguntas, não vou perguntar novamente o que tu sente por mim, porque dói a sua ausência de palavras, dói você dizer que não sabe, até você concluir que não. Vou apenas tirar meu exército do campo de batalha.

E não me arrependo de nada que fiz porque sou assim mesmo, ou me entrego por inteira ou nem me dou o trabalho de entrar em algo se não for pra transbordar. O problema é que você não queria somar, cê queria ser metade e metade pra mim não basta, meu bem. Nunca mais te pergunto o que realmente sente por mim, não quero ter que ouvir você dizer que sou louca, e que estou precipitando as coisas, e que você não sabe o que sente, ou que não sente. Eu digo que tá tudo bem mas talvez não esteja tão bem assim. Não vou te perguntar se você tá bem, porque quero no fundinho acreditar que você não tá bem sem mim, e que não tá confortável essa distância, e que também morre de saudades de mim naqueles dias em que não nos falamos. Não ouse falar sobre seus finais de semana com ela porque eu não quero falar sobre as minhas noites com outro alguém. Não me ligue pra dizer que me viu passar na rua mas que não falou comigo porque os milésimos de segundos não permitiu e eu não lembro a você os dias que recusamos um ao outro por covardia. Por tanto, se me vê, muda de caminho ou não permita que eu te veja. Mas que fique bem claro, se eu disser que não penso em você, será mentira. Porquê não há um só dia que eu não sinta falta das suas declarações brega, e das suas mãos nas minhas. Se eu falar por aí que você foi um erro, foi por engano. Se fracassamos, foi por descuido. Se eu disse que gostava muito de você, queria que você soubesse que eu te amava.


Não me diz pra quem você mandou flores e eu não te conto sobre os meus possíveis amores, não me fala sobre seus dias sem mim, que eu não associo você a minha música favorita pra não ver você mudar de assunto novamente. Se alguém algum dia me perguntar se eu te amei, vou dizer que nem sei, porquê afinal você nunca me deixou saber.  Não me fale sobre esse lance de não se envolver com alguém por medo de se decepcionar novamente, porquê gostar de mim foi um ato corajoso, mas o seu medo de pular te torna um covarde. Não fale sobre saudade porquê suas palavras bonitinhas não encurta o caminho. Se eu decidir sair por aquela porta. Não precisa me dar motivos pra eu ficar que vai ser tarde. Eu sei que já não faz mais sentido ficar contigo. Mas eu fico assim mesmo, porquê de todos os nós cegos, o nosso abraço é o mais difícil de desatar. Eu quero te dizer que eu estava errada quando aceitei sua proposta de amizade, sem nenhuma menção de reciprocidade, não consigo ser só sua amiga porque quando você fala sobre ela eu vivo um caos. Você me diz como é está com alguém que talvez nem te complete, é eu fico me perguntando: Porquê não eu? e eu não te conto como foi aceitar que eu tenho que seguir em frente.  Juro que eu não queria te ver nos braços de outra moça, mas se isso for necessário pra que eu aprenda a desfazer desse nó, eu quero ver. Eu ainda não sei se isso é uma despedida, mas eu banco o meu medo. Eu digo que já chega, mas aí me pego te esperando de novo feito besta, e me perguntando porquê você não vem, você se vai mais uma vez e eu não aceito ser a única a sentir falta de nós dois. Eu não aceito encerrar a minha noite na minha cama me perguntando onde você tá. Porquê é mais confortável viver esse caos, do que te mandar mensagem 2am, e pensar que estou incomodando. Você nunca diz o que sente, e eu aceito assim mesmo, mesmo sabendo que é pouco demais pra mim. Você diz que sente saudade, eu digo pra gente se vê, e ao novamente deixo seus olhos me enganarem e me torno refém da gente, NOVAMENTE, cê acha graça e você nunca vai entender que saudade se cura com presença não com mensagens de bom dia, sua ausência talvez sirva pra você, mas não serve pra mim.


Não quero mais ouvir seus meios dizeres, sobre seus meios sentimentos. Eu não quero deixar as coisas acontecerem, eu quero saber onde estou pisando, pra não pisar em areia movediça e acabar me afundando de novo. Não me diga que está confuso, porquê tem sempre um lado da balança que pesa mais. Se você finalmente se decidir e eu não te dar mais uma resposta, saiba que eu finalmente achei o meu caminho, e ai se eu fosse você não tentaria dizer mais nada do que não diz.

Paradoxo

Se lembra quando eu desliguei o telefone? Eu queria que você me ligasse de volta, que me procurasse de todas as formas, que batesse na minha porta às 2 da manhã, eu diria que tu é louco mas no fim, esqueceria da nossa briga. Se lembra quando eu disse que não dava mais pra continuar do jeito que tava? Eu queria que você insistisse, que dissesse que nunca desistiria da gente, e que nunca me deixaria desistir também. Se lembra quando eu disse pra você ir embora? Eu queria que a sua teimosia, fosse maior do que seu orgulho. De lembra quando eu disse que estava tudo bem, e que não precisava se preocupar? Não estava. Não estava nada bem. Eu queria que você soubesse que não estava tudo bem, que demonstrasse que ainda se importa. Se lembra quando eu disse que iria desistir da gente? Queria que você segurasse minha mão, e dissesse que não deixaria isso acontecer. De lembra todas aquelas brigas que eu nunca te liguei? Queria ter ligado, queria sim, queria mesmo. Se lembra de todas aquelas vezes que eu disse que gostava muito de você? Queria dizer que te amava. Se lembra quando eu não te procurava? Queria te mandar mensagem, queria dizer que eu tinha saudades, queria muito. Se lembra quando você me contava algo sobre os seus amores, e eu me fazia indiferente. Eu me importava sim, me importava muito. Se lembra quando te mostrava minha música favorita? Queria dizer que lembrei de você, quando vi a letra. Se lembra quando eu perguntei de você pro seu melhor amigo? Queria ter dito que eu estava com saudades. De lembra do seu moletom que você deixou comigo, naquela quarta-feira chuvosa? Abraço ele quando a saudade faz moradia, no espaço que costumava ser seu. Se lembra quando eu eu passava o dia sem falar com você? Queria que você sentisse saudades. Se lembra quando eu dizia que você era um ogro, idiota, que só me machucava? Queria dizer que tu era o meu amor. Se lembra quando eu comentava que o seu cheiro ficou na blusa? Queria dizer que amava o seu cheirinho. Se lembra quando eu disse que conheci um outro alguém? Eu queria que você lutasse por mim, que dissesse todos aqueles clichê que a gente espera ouvir em um diálogo imaginário, que dissesse que prefere ficar só do que sem mim. Mas você não disse.

O teu olho me emburrece mais do que as mentiras, que eu li nos jornais de ontem

A primeira vez que eu te vi, estavamos sozinhos no meio de uma multidão, e mesmo assim você me notou. E por mais assustador que isso pareça, você trouxe pra minha vida um pouquinho de esperaça, que veio junto à você.
Não tenho nada agradável pra falar sobre você, mas naquele dia você assoprou uma faísca em mim, e me reascendeu.

alguém me disse uma vez que eu trapaceio a dor, porque escrevo sobre ela e isso é um anestésico, mas eu não a trapaceio. Ela está acomodada no meu ombro, a vista, explícita, exposta, sussurrando entrelinha por entrelinha.
Me apeguei aos seus olhos a primeira vez que o vi, e lamento que eles me enganem, à sua conduta duvidosa me causa repulsa, mas eu não te quero longe, mas também não te quero longe, que a gente fique assim, lamento por você ser tão convincente com suas mentiras mas infelizmente minha certidão de nascimento diz que eu não nasci ontem.  De uma forma torta, e burra você me trás paz - ou a representação borrada dela, me apeguei de forma fidedigna, como quem agarra o pai no susto com o palhaço na primeira ida ao circo. Toda a nossa burocracia sentimental e psicológica não vai nos dar abrigo, e muito menos, amor, mas ela nos manterá ilesos, portanto mantenha seu sorriso longe dos meus olhos, e a sua mão longe do pescoço, e a sua alma inunda longe da minha.

Naquela noite em que meu mundo se desintegrou e só restou cacos de outros amores, eu nunca te disse, mas vou te dizer: você me salvou, de certa forma, em certa parte, de uma maneira como se fosse o próprio Deus que tivesse nos colocado na vida um do outro, mas eu percebo que Seus não colocaria o próprio Diabo na vida de alguém, que se parece um anjo quando sorri. (não se sinta mal, eu te perdoo um pouco, mas a outra parte não possui mais salvação), mas, subitamente, ao pensar estar parcialmente salva, caí.
Sua mão ao meu redor, não foi o suficiente pra me impedir de pular, ninguém me empurrou, nem mesmo eu. cair outra vez e de novo e novamente é necessário, sei. Mas eu estou acostumada a cair, e recolher os meus pedacinhos, e colar novamente. O sofrimento literal e vivo da queda não foi pelo atrito do corpo com o fundo do poço e sim porque, meu deus, como eu queria ter segurado sua mão por mais um pouco. Não peça perdão, a culpa não é sua, não é nossa, não existe culpa, só existe eu e você, e ambos somos lados remotos de um psicopata. Mas a nós somos tão iguais, que não nos completamos. Eu sou a parte lúcida, você também, mas finge loucura, pra se abastecer.
Eu tinha te escolhido no meio dessa multidão sem sentido, era o seu rosto
que eu queria encontrar, nos rostos abstratos perdidos na fila do pão. Mas tudo que foi leve, você pesou, tudo que era inteiro você triturou, tudo o que era simples você complicou, eu aguento tudo
menos essa falta de noção quando o assunto é coração.
Portanto eu declaro fim de jogo,
ninguém ganhou, ninguém perdeu, não é o fim. Mas não espere jamais me encontrar, você irá.

Inconstância

de tempos em tempos
me devoro
me afogo
me escondo
porque sou feita de inconstâncias,
sou feita de partes,
partes que se perderam,
sou feita
de algumas ausências
de saudade
de incerteza
de sentimentos
que transbordam
que me faltam
me falta fé
me falta  esperança
me faltam lágrimas
falta passar o efeito anestésico,
que os amores passados aplicaram em mim,
porque eu esqueci como chorar
esqueci como sentir pelas metades,
sem transbordar pelas beiradas
e inundar o chão da sua sala,
a minha alma chove
a minha alma inunda,
a minha alma seca,
eu me afogo
eu fico submersa em mim mesma,
a minha confusão oceânica,
porque sou um oceano furioso
e uma vítima de mim mesma,
Vítima dos sintomas da loucura.

Despedida

Quando tento encaixar minhas mãos por dentro das tuas, nós sabemos bem que elas já não se pertencem mais. Quando suas mãos acariciam o meu pescoço, eu também não sinto mais nada. Quando nós nos encantamos por um sapato na vitrine, não significa que ele vai servir no nosso pé para sempre, a vida é assim, conhecer-apaixonar-enjoar- e sabíamos que o próximo passo seria encontrar outro alguém. Por muito tempo eu me enganei, pensando que o seu abraço fosse feito para me acolher, questionava a Deus por não ter te conhecido antes, mas não. É estranho olhar para você é não sentir nada, acho que de tanto dar de cara no chão, eu me acostumei a me recompor. Você era como areia movediça, queria correr para você, mas eu sabia que quanto mais eu me movia, mais eu me afundaria. Uma hora percebemos que não precisamos de ninguém para nos dizer umas coisas bonitinhas em um fim de tarde qualquer, e nos ligar para falar da saudade.

Eu até me desculparia o por pisar no acelerador, é esquecer de puxar o freio de mão, até me desculparia por achar demais, por te querer demais, e pela minha miopia me fazer enxergar coisas, onde não tinha nada.

O primeiro passo agora é parar de criar expectativas, o segundo seria voltar pra casa, e voltar a sair com os meus amigos, o terceiro seria não me incomodar com a sua presença do outro lado da calçada.  Percebemos que tá tudo errado, quando começamos a querer que fôssemos exatamente o que éramos início. Quando eu simplesmente sabia acomodar você dentro de mim, sem contato físico. Soube que era hora de levantar bandeira branca quando simplesmente comecei a medir as palavras, para não dizer algo fora do contexto e acabar te magoando, me magoando.

Então, acredito que é hora de deixar tudo ir. Nossa voz anda embargada. O assunto terminou. Não vejo mais graça nas pequenas coisas. O que sobrou foi um espaço em branco na minha agenda, e o arrependimento da precipitação das coisas, que nos transformou em um Monte de entulho que vai ocupar o fundo do seu porta luvas. Tudo está quebrado. Não consigo entender o que fizemos a nós mesmos. Deixa o vento levar.

Você sugeriu que não era para eu te amar, eu te implorei para que não abrisse mão de mim, porque eu o faria, e você foi irredutível, não mudou de idéia, continuou insistindo que éramos um acidente catastrófico que deu certo, mas era só isso. Mas não demos. Demorou um certo tempo, pra que eu enxergasse as coisas como realmente eram. A gente já nem se reconhece mais. Quando eu saí do seu carro naquela última vez, eu olhei pra você com desânimo, tentei de todas as formas possíveis enxergar a mesma pessoa de duas semanas atrás, mas me deparei com um estranho. Não se assuste se por acaso eu quiser manter à minha distância, se  eu achar conforto em outro abraço, se eu me amarrar de vez em outro cheiro. Não se espante se por descuido ou acaso, eu simplesmente desaparecer. Foram necessárias tapa na cara demais pra que eu finalmente conseguisse enxergar que metades não servem em mim, e o que você me deu não era se quer reflexo das suas metades.

Estou triste, hoje, mas não tristeza sentimental, é um profundo desânimo comigo mesma, como se tudo o que aconteceu fosse culpa minha e do meu otimismo filha-da-puta, não somos só nós dois. Somos nós três, e todo um passado, todas as outras pessoas exercendo influências e opiniões, todo um conjunto de loucuras e medos, e vontade de largar tudo, toda uma mistura de raciocínio e vontade de estar perto, e a necessidade de estar longe… Tudo abala, tudo afeta, tudo interfere. Eu sei que eu não sou imutavelmente culpada, mas estamos falando de uma pessoa, com sentimentos. Nós traímos sim. E se de repente nós dois erramos? E se o erro foi nós? E se o erro foi bom? E se os corpos que já não se abraçam foi tudo o que precisávamos viver naquele momento? Resolve alguma coisa fugir agora?  Porque eu preciso fugir, pra me sentir protegida, o seu abismo é profundo, mas é escasso, eu posso estar pedida mesmo que eu tenha chegado só na beiradinha. E eu sei que o fato de eu não conseguir engolir a culpa toda, não significa que você não vá tentar empilhá-la inteira em cima de mim, por quase ter me apaixonado, e vai me magoar de novo quando abrir a porta pra eu ir, e por teimosia eu não ir, porque vou achar que você quer que eu fique.

Essa é a última vez, o último texto, a última explicação, dessa vez é última mesmo, não que eu não tivesse jurado das outras vezes, mas agora é diferente. (…) Fico triste pelo fim e mais triste por não termos nos distanciado antes. Mais triste por abrir minha guarda e deixar que você entrasse, enquanto ainda restava um abraço, um respeito. Enquanto ainda restava um sorriso  e umas lembranças boas. É sempre melhor partir antes de começarmos a nos perguntar "E se eu ficar?". Olha pra gente agora: o que sobrou de nós dois? Nem as fotos, nem lembranças. Nem as músicas. Nem os textos. Nem a saudade, meu bem. Nem a saudade. É tão perturbador recordar momentos felizes e sentir-se profundamente fria. Você sempre achou que eu nunca fosse ter coragem de ir embora todas as vezes que me expulsou, e eu quase não fui. Mas descubro que não existe nada hoje, capaz de me fazer ficar, nem mesmo a suas sinceras desculpas.

Eu não me culpo ter te dito todas aquelas bobagens. Talvez eu só estivesse tentando deixar as coisas um pouco mais bonitas, um pouco menos catastróficas… Eu já não sei mais o que sinto por você. E simplesmente não quero mais ficar perto pra descobrir. Eu que já te quis de tantas maneiras, hoje só quero mesmo é que você fique aí. O primeiro texto que escrevi para você, falava-se de reticências, e continuidade… Mas o ponto final é a unica coisa que eu espero de você. E eu nos perdoo por terminar com tudo isso, por não aceitar mais desculpas, por não querer ir adiante. Porque sei que um dia eu iria te amar, mas você faz mal para a minha saúde mental e meu equilíbrio emocional. Eu me perdoo por ter gostado de você, e eu te perdoo por não me corresponder. Você sabe que é perdoável quase tudo nessa vida. Eu só não perdoo uma única coisa: Sua covardia. De todas as coisas que  fizemos, que confessamos. Você foi o primeiro a não se importar. Felicidade é feita para quem tem coragem de sofrer, e dar a cara a tapa. Mas eu te entendo. Eu confundo amor com aquela coisa que você sente em determinados momentos.

Sempre encontrando uma desculpa ou um pretexto para não me abraçar apertado e não soltar mais. Sempre usando atenuantes como “Não sei o que eu quero, estou confuso”  Amar requer coragem, só isso! Desistiu da gente, antes de se perguntar, "E se desse certo?". É preferível a coragem da verdade nua e crua, do que as tuas meias verdades eufemistas. Mas eu te perdoo por tudo isso, mas Agora eu preciso ir, a gente se esbarra por aí, ou não.

Desculpe o transtorno, Gregório eu te entendo

Ele não conheci ele no jazz, muito menos nos anos 90. Conheci ele na infância, mas nós nos apaixonamos no final do ensino médio. Ele tocava em uma banda de rock, e isso parecia descolado – onde tocavam tudo menos rock. Ele fazia academia. E eu acompanhava a minha prima para o balé. E ele estava lá. Correndo perdido em algum devaneio ao som de Red hot chili peppers.

Eu falei com ele pela segunda vez na vida, aos 17 anos. A primeira éramos crianças. Naquele dia ele me pediu pra substituir o guitarrista dele na banda da escola. Eu aceitei, claro, era uma música do Metallica, eu não conhecia o ritmo, quem me visse tocando a guitarra dele, nem notaria que eu não fazia ideia do que tava fazendo. Foi paixão à segunda vista. Só pra mim, acho.

Passamos algumas madrugadas conversando no MSN ao som de Blink 182 e Goo Goo Dolls, depois passei a matar aula pra passar mais tempo com ele.

Começamos a namorar quando ele tinha 20 e eu 19, mas parecia que a vida começava ali. Vimos todas as séries. Algumas várias vezes. Não fizemos nenhuma receita muito menos de risoto. E nem queimamos algumas panelas de comida porque a conversa tava boa. Nem escolhemos móveis sem pesquisar se eles passavam pela porta. E também não escrevemos nada juntos. Nós assistiamos futebol aos domingo, brigavamos pelo controle da TV e fazíamos as pazes todas as terças-feiras, jogávamos videogame a noite inteira. Fizemos uma dúzia de amigos novos e junto com eles atual namorada dele. Sofremos com a distância, riamos a noite inteira no Skype. E a cada 10 brigas nossas, oito eram pelo controle da TV, e duas era por causa de futebol. Das dez músicas que mais gosto, sete foi ele que me sugeriu. As outras três, quem compôs foi o John Mayer.

Um dia, terminamos. E não foi fácil. Choramos mais que no o Adiós RBD. Mais que no final de "Titanic" quando o Jack morre, mais do que em "Marley e eu". Até hoje, não tem um lugar que eu vá em que alguém não diga, "Eu pensei que vocês se casariam" Parece que, pra sempre, ele vai fazer falta.

Essa semana, eu Li o texto que o Gregório Duvivier escreveu para a Clarice Falcão —não por acaso uma história de amor, pelo marketing talvez. Às pessoas o rotularam de doente, por ainda lembrar dela, o que eu queria era gritar para os quatro cantos do mundo que eu o entendia. Achei que fosse chorar, porquê eu também tive um amor da minha vida, pode parecer clichê, e é. Mas o que me deu foi uma felicidade muito profunda de ter vivido isso é com ele. Não vivemos um desses amores que são documentados nos filmes, nossa história não saiu  da minha lixeira eletrônica. No máximo que ganhou, foi certo espaço em alguns dos meus textos. E um espaço vazio na minha cama, que inclusive o caberia tão bem.

Vai passar

Você deve estar achando estranho ainda receber uma carta minha, depois de todo esse tempo, bom esses dias vi o seu carro parado em frente o cursinho, achei estranho você ainda lembrar da hora e do dia, logo você, que não lembrava nem da data de aniversário da sua mãe. Eu soube que você perguntou sobre mim para a minha melhor amiga ela disse que era melhor você me esquecer. Você se lembra da ultima vez que nos vimos? No aniversario da sua avó, não te admira saber que mesmo depois desse tempo, sua família ainda gosta de mim? Você poderia ter ido até a mim, conversaríamos como dois amigos que não se viam há muito tempo, esqueceríamos todos aquele porém, eu desejaria para você uma infinidade de coisas boas, e não, não teria ódio, não teríamos nos transformado em uma competição de quem se importa menos, mas não. Ao invés disso, você resolveu beijar a sua nova namorada na minha frente, e me fez chorar de um jeito doído por vários dias, me arrependendo todos os dias de ter te conhecido. É estranho mas pela primeira vez não ter nada pra falar pra você, não tenho vontade e nem animo. Incontáveis foram os finais de semana que eu passei em casa, esperando você sentir a minha falta. Eu te falei que um dia eu me cansaria. Você não faz ideia de quantas noites, eu passei chorando, quando soube que você tava saindo com aquela menina que odiava. Não era saudável, você não era saudável. Eu vasculhava o seu perfil na expectativa de me deparar com qualquer sinalzinho que me fizesse acreditar que você também tinha saudades, eu só queria mentir para mim mesma, e sentir que eu ainda podia esperar por você no dia seguinte. Você demorou perceber que tinha me perdido, hoje a sua presença não me incomoda mais, mas vou te dar o mesmo conselho que você me deu uns anos atrás: Vai passar.

Ela é libriana, rapaz

Ela é libriana. Simples assim. Porque de confusa e complicada ela não tem nada. Eita garota equilibrada, certa do que quer, determinada. Vai lutar por tudo o que acha ser correto e nem tente mudar a cabeça dela. Ela é forte, sabe o que pensa e não se deixa influenciar por nada. Ou quase nada. Ou será que deixa? Indecisão faz parte do pacote, mas não leve a mal, ela gosta de ter opções, só não sabe qual escolher porque e se a outra for melhor? E se ela escolher a pior? E vai me dizer que você também não perde um pouco o eixo quando tem que se decidir...só que ela vai pensar minimamente em todos os detalhes até decidir, só que quando escolhe...meu amigo, não há quem a faça desistir.

Ela é razão e coração, buscando a perfeição equilibrando tudo o que sente, mas a mente dela voa longe. Conhece um garoto já pensa no casamento e nos filhos que terá enquanto escuta uma música. Mas também, com uma imaginação fértil dessa, ela também imagina coisas que nem chegaram a acontecer que nem sabe se vai, entra em desespero, fica ansiosa e fica mal por coisas que ela mesma inventou.... e depois acha graça de si. Ah que qualidade essa menina tem, ela acha nas coisas, graça no que sente, no que vê, uma menina com o sorriso bobo pra vida.

Com ela tem que ser tudo muito bem explicado, nada de meias palavras, meias conversas, tem que chegar pra ficar e tem que entretê-la, o que é uma tarefa difícil ja que ela se cansa com facilidade. Mas não é por mal, é que ela pensa no que ela pode estar perdendo no mundo, e se tiver uma outra pessoa melhor? Alguém com assuntos diferentes? As vezes ela se perde nos pensamentos e se esquece completamente do que acabou de falar, mas é que a cabeça dela vive a mil por hora e pra fazer ela estacionar e prestar atenção só em você é o divertido dela. Porque ela, que faz sem querer, se torna um jogo a ser ganhado em que o prêmio principal é fazer ela rir da sua piada porque estava concentrada em você.


Ah libriana, a garota de mil amores pela vida, que tem que estar sempre sabendo o que esta acontecendo no mundo e ao mesmo tempo se desliga para ter um tempo só dela. Ela, que é tão apaixonada pela vida que dá gosto de ter perto. Quem a tem pode considera-la um trunfo que foi lhe dado. Garota leve, simples, equilibrada. Garota que você pede conselhos, abraços, amizade, amor e tudo mais porque sabe que tudo o que ela lhe der será do modo mais sincero possível. Porque ela é honesta não só com você, mas consigo mesma. Ela é libriana, o equilíbrio do zodíaco e da vida.

Autor: Mariana Purificação

Não me peça pra desistir da gente, porque eu vou

Não aja com indiferença porque eu tenho mania de retribuir, não finja não se importar, porque eu posso acreditar e deixar de me importar também, porque eu posso ate ser afim de você, e as vezes dizer pra mim mesma o quanto eu gosto de você, mas se você quiser que eu vá embora, eu conheço a saída, e vou, você que só conhece um lado meu, vai se assustar com a minha frieza, meu coração está cansado de decepções, não pense que eu sou fria não, é só uma forma de sobrevivência.

Se você quiser que eu saía por aquela porta, não se despeça, odeio despedidas elas alimentam a esperança de um reencontro, e eu nunca mais vou voltar. Eu não costumo ficar onde não sou bem-vinda. Você não vai nem entender o meu sumiço, vai até se perguntar por onde tenho andado, mas não vai ter mais respostas, eu fico, eu insisto, sou um vulcão em erupção de sentimentos ocultos, mas eu sei muito bem ir embora quando é preciso. Sei dar a voltar por cima, recomeçar e ainda assim esquecer porquê eu via amor nas pequenas coisas, sei seguir em frente sem olhar pelo retrovisor, se você abrir mão de mim, irei para longe do seu alcance, não pense que isso é frieza, isso é medo, de se aquecer para pessoas que não querem ser aquecidas, eu não vou omitir, eu gosto tanto de você que me assusta, mas acima de qualquer sentimento, existe uma coisa que é fundamental: amor próprio.

Não me peça para desistir da gente porque eu desisto.

Não me peça pra ir embora na esperança de que tudo o que é verdadeiro volta não, eu sou feita de extremos, eu transbordo amor, mas eu não olho para trás. Quando eu quero uma coisa, eu luto até esgotar as minhas forças, mas quando eu desisto, meu amora, acabou. Não pense que se me deixar livre eu voltarei, porque eu não vou.

Porque quando decido desistir de alguma coisa, ou alguém, eu sigo em frente sem olhar para trás. Se as suas intenções são boas, seus sentimentos são reais, e ainda existe esperança, não desiste não, me impeça de ir embora, segura no meu braço, me prenda no seu abraço, me faça desistir, demonstra que tudo é verdadeiro, não deixa eu me sentir uma boba por gostar de você, demonstra, não desligue os aparelhos para o fio de esperanças que resta para nós, se faz presente na minha vida, me dê motivos pra desistir de te deixar pra trás. Faça alguma coisa. Seja honesto, porque quando eu desistir, nunca mais vou te olhar com os mesmos olhos.

Eu também desisti da gente

É eu desisti, finalmente, bandeira Branca, game over.
Desisti assim como alguém desiste de responder aquelas questões retóricas sem fundamento.
Desisti porque afinal, eu não tive outra escolha, eu até enumerei todas as possibilidades para continuar agarrada ao fio de esperança que você nunca me deu, então eu só desisti. Se eu tivesse outra escolha, ou um motivo, eu nunca teria desistido da gente, eu desisti mas o conformismo veio de você, e eu nunca vou te perdoar por isso.
Desisto porque eu não aguentava mais transbordar por alguém vazio.
Quando nós conhecemos eu só pedi para que você não fosse raso demais, e você não foi, fio o oceano inteiro, e eu em bote sem colete salva vidas, e eu percebi que estava remando sozinha, e estava fugindo em círculos, e alguma coisa precisava ser feita.
Eu não podia permanecer ali, como se estivesse tudo bem, porque não estava, nunca esteve, se ficar boiando na sua superfície fosse uma possibilidade eu não pensaria duas vezes, mas eu precisava afundar pra tocar os pés no chão e me impulsionar e finalmente respirar o ar.

Eu queria ter ficado, queria mesmo, mas o fio que nos mantinha ligados, era frágil demais, eu estiquei toda minha alma pra segurar as pontas, mas não deu.
Eu teria insistido, persistindo, lutado, brigado, e se você mostrasse que eu não estava só, que você também não desistiria, mas não, você desistiu antes mesmo de tentar, covarde. Você dizia que era melhor assim, e eu não queria ver o que estava bem na minha frente, você nunca se importou de verdade. Desconfiava dos meus sentimentos mais loucos nos meus momentos mais lúcidos. E não tinha noção poder que possuía sobre mim. Então eu simplesmente esgotei minhas possibilidades, cansei de insistir, de tentar provar o quão tu era incrível, cansei de escrever textos que você nunca vai entender, cansei de te mostrar o quanto eu te queria. Eu acreditava que definição de "Amor" era ficar independentemente de qualquer coisa, mas não era amor não, era vontade. Era momento, era vaidade, não era? É preciso saber a hora de se retirar-se de um campo de batalha. Não é amor estagnar-se em alguém que não te quer ali, isso é falta dele, e eu tenho muito amor por mim. Eu transbordo amor, e sou completa demais pra aceitar algo pela metade.
Porque você vai embora com cara de quem nunca mais vai voltar, e volta como se nunca tivesse ido. E me bagunça. Me inquieta. Me machuca. Me conserta e me quebra.

Eu desisto da gente, porque de todas as opções essa é a mais sensata, não envolve sofrimento e decepção por alguém que amanhã vai continuar feliz com outra pessoa. Eu desisto porque você nunca seria corajoso o suficiente pra lutar, ou ao menos dizer pra eu parar, e tornar tudo menos doloroso, e dizer com todas as letras que gostava de mim mas não o suficiente, você nunca seria corajoso pra dizer que não me queria mais, e enfeitou todas essas verdades atrás do seu eufemismo bonitinho, e esperou que eu entendesse, como sempre eu entendi. Eu precisava insistir pra entender que meu lugar não era ali, eu desisti da gente mas não foi por falta de amor não, foi por excesso dele.

Fica aí brincando de não saber o que quer...

Não me peça pra ir embora, porquê eu não sei distinguir os paradoxos.
Não diga pra eu desistir da gente enquanto você se resolve aí, porquê eu não costumo olhar pra trás.
Não brinca de não saber o que quer, que uma hora vou me amarrar em um cheiro diferente do seu, vou encontrar em alguém algo pra gostar,
Não fica aí brincando de não saber o que quer, que uma hora eu te troco por uma paixão desajustada, porém recíproca.
Não fica aí brincando de não saber o que quer, que uma hora resolvo parar de esperar por algo que nunca vem,
Não fica aí brincando de soltar a minha mão, que uma hora eu me perco no vazio de outras pessoas.
Não fica aí brincando de não saber o que quer, que uma hora decido abrir mão de tudo o que você não me prometeu e me âncoro no labirinto de respostas que você nunca me deu.
Não fica ao brincando de não saber o que quer, que uma hora eu viro a mesa, viro o jogo, viro tempestade, viro a página, viro protagonista de outra história.

Em tempo...

 Antigamente eu me desesperava. Queria dizer “Ei, peraí, fica mais cinco minutinhos. Deixa eu mostrar o quanto sou engraçada. Porque eu sou, sabia? Sou muito divertida. Não tive tempo de mostrar tanta coisa, toma um café e espera?”. Ficava me culpando por meses qualquer fim que não partisse de mim. Qualquer fim antes que eu pudesse fechar o ciclo de me encantar-gostar-apaixonar-enjoar. Que afronta pular fora antes do meu tempo. Ainda não pude ser carinhosa, não tinha tido oportunidade de ser cara de pau e louca, como você gosta. Não deu pra socializar com seus amigos chatos, mas eu vou tentar, senta aí um pouco. E queria perguntar por que eles estavam cruzando a porta. O que eu fiz de errado, o que eu fiz de certo, pra eu mudar e ninguém mais sair assim. O que eu não precisava ter dito e tudo que eu não disse e precisava ser ouvido. Fui demais, de menos? Sufoquei, deixei muito solto? Fui muito mais ou menos? Qual é, tem que ter um motivo e eu merecia saber qual era. Era o mínimo. Hoje não. Se for embora, já foi tarde. Chega de perder meu tempo e desperdiçar tudo que eu me esforço tanto pra fazer bem com quem tá comigo olhando pro relógio. Se não tive do meu lado de corpo, mente e coração, te levo até a porta, te convido a sair. De coração, é um favor que me faz. 


Tati Bernardi

De onde vem o jeito, tão sem defeito, que esse rapaz consegue fingir?

Sugestão de música: Best Thing I never Had - Beyoncé

Você foi o motivo dos meus sorrisos na frente do celular, você reacendeu a minha esperança nas pessoas, foi motivo das minhas noites de insônia. Você foi muitas conversas com as minhas amigas do cursinho. Foi o meu primeiro pensamento ao acordar. Foi o meu pensamento na volta pra casa, foi o motivo dos meus olhares distraídos. Eu achei que você fosse o ser humano mais abençoado do mundo. Você tinha uma coisa que me cativava, que não é físico, é coisa de alma mesmo. Eu realmente achei que qualquer pessoa no mundo seria sortuda por ter alguém como você ao lado. Era como se nos conhecêssemos há anos. Como se fosse pra ser, como se o próprio Deus tivesse guardado o momento certo para você aparecer na minha vida. Ah, não, não. Não erámos parecidos não. Não gostávamos das mesmas coisas, ou sequer tínhamos a mesma banda preferida em comum. Era outra coisa, algo diferente. Era amor mesmo sem ser. Era admiração mesmo sem conhecer. Você sabia exatamente onde tocar, o que falar, o que reparar, para onde olhar. O seu perfume ficou uma semana grudado no meu moletom, e o jeitão despreocupado o tornava ainda mais interessante. Me contou sobre a ex namorada, dos problemas no trabalho, e da sua série favorita. Contei sobre o meu último relacionamento, e você nem pareceu se importar ao saber que sou uma tempestade, o caos, um desastre. 

Naquela nossa primeira conversa, a minha vontade era de dizer, ei, de onde você saiu? De que filme? Quem te encomendou? Mas tudo o que saía da minha boca eram sorrisos verdadeiros. Gargalhadas. Parecia que estava vivendo. Tudo o que você fazia parecia causar um efeito em mim. Eu só queria abraçá-lo bem forte e não soltar nunca mais, e rouba-lo e guarda-lo dentro do meu guarda roupas.

Eu fiz a pior coisa que eu poderia fazer em relação à nós: Eu acreditei em você. Me deixei enganar por um momento ou outro, e suas frases feitas, e seu papo furado sobre gostar de mim. Você achou que o jogo estava ganho? Que já me tinha nas mãos, e eu terminaria na sua cama em uma quinta-feira à noite, que te dedicaria músicas do armandinho? como todas aquelas garotas pra quem você diz exatamente o que elas querem ouvir?

"De onde vem o jeito, tão sem defeito que esse rapaz consegue fingir?" também queria saber.

Eu mergulhei em você achando que encontraria mais do que a ponta do seu Iceberg aparentava, eu tive certeza que você seria diferente. Mas você era raso demais, a sua superfície oca, isso só mostra que as aparências enganam. Eu abri meu coração, abri minha porta e deixei você entrar, não o suficiente pra fazer um estrago. Mostrei mais de mim do que você deveria saber, me tornei inofensiva só pra não te assustar, te dediquei músicas do John Mayer, e ainda assim você conseguiu mentir tão bem.

Você mente bem, meu bem, mas não o suficiente pra me enganar. Você podia ter me contado mais dos seus erros, eu teria entendido, podia ter me contado mais sobre aquelas garotas que você se relaciona, sobre se interessar pela minha melhor amiga, podia mesmo, eu ainda te olharia com a mesma admiração se eu soubesse de você. Mas você preferiu agir como um idiota, e achou que eu entenderia, fez com que a minha vontade de você, se transformasse na vontade de nunca ter te conhecido.


Eu te enxergava muito melhor do que você realmente era. Eu te aceitava porque me recusava a acreditar que você era como todos os o outros. Eu te queria porque você me fazia acreditar no melhor das pessoas, você dizia que não queria me enganar, quando na verdade, esse teu jeito era só um jogo pra fazer com que eu continuasse na tua. Eu te enxergava como a pessoa mais inteira que eu conheci, faria qualquer coisa pra te mostrar que entre você e as pessoas lá fora, eu iria te preferir. Tudo que eu queria era mais que a sua companhia apenas nos dias que você quisesse me ver. Eu quase confundi o sentimento de paz que você me trazia com outra coisa. Eu perdia tanto tempo dizendo para as minhas amigas o quão sortuda eu era por te conhecer, e que um dia provaria isso. Me diziam que você só me faria mal igual faz a ela, e que só fazia merda. Eu achava que insistir em algo que não me machucasse enquanto continuava na tua, já estava bom pra mim. O problema é que você me tinha fácil demais, e não sabia o que fazer comigo. Finalmente entendi que migalhas não servem pra mim e lamento por você ser tão pequeno como pessoa.









Eu perdoo o seu comodismo sagrado

Esqueço de contar algo, só pra ter um pretexto abrir sua janela do whats e desistir em seguida, te beijo no rosto, só pra colocar o nariz no seu pescoço e não esquecer o seu cheiro, quero te ver de novo, amanhã, sábado, segunda, e na quarta. E encerro minha noite abraçada ao meu travesseiro, e "amanhã a gente se vê." volta logo, eu gosto do teu perfume porque ele me lembra fim de tarde, porquê ele me lembra despedida, e vontade de permanência. Não fala nada hoje. Ou fala. Me surpreenda, chega devagar me beija, mas não repara minha bagunça sentimental, te abraçarei como se o tempo tivesse pausado depois que eu saí pela sua porta. A sensação de ansiedade de esperar a hora de você voltar, me abraça como uma criança abraça um brinquedo qualquer, daí você me acostuma ao teu cheiro, teu beijo, teu jeito, a tua delicadeza, teus defeitos, e em seguida me escancara a vida e me deixa assim, totalmente despreparada pra uma hora dessas que você resolve ir, e eu sinto como se fossem aquelas despedidas que não existem reencontros, e me pego abraçada ao meu moletom com o seu cheiro e lamento silenciosamente por não ser a gente, e te odeio secretamente por me fazer gostar tanto de você. Eu sinto falta de passar horas ao telefone falando sobre tudo e nada ao mesmo tempo, te contando sobre minhas nóias e paranóias e ouvindo a sua risada.

Eu juro, não quero te assustar, mas você sabe, eu tenho uma intensidade que não cabe em mim, vamos permanecer encima da linha permitida. Queria te pedir pra olhar as nossas conversas de duas semanas atrás onde a gente parecia tão próximo. Eu odeio o fato de ter nos aproximado tanto e você não me ligar quando você disse que iria, mas eu entendo. Cê disse que tinha adorado aquela nossa conversa, a nossa amizade, e tudo e me diz respeito, em seguida diz umas coisas bonitinhas e eu continuo acreditando em você, mesmo sabendo que isso não se faz.

Você disse que gosta muito de mim, e jura que está confortável assim, com essa aproximação distante, e promete que não quer ne magoar, mas você tem essa coisa de cientista bêbado, que acredita fielmente em algo, mas não sabe como explicar. Você ri, enquanto eu te mostro minha música favorita, e deixa o silêncio falar por nós, e nem se surpreende como o tempo passou rápido, a gente se abraça apertado e não quer mais se soltar, mas no meio da rua temos que mudar de calçada porquê nosso pseudo-amor-vampiresco não está preparado para ser visto à luz do dia. Você me conta as novidades que acontecem na sua vida, e eu me sinto como se eu já fizesse parte dela, tudo bem que eu sinto fazer, mas é cedo ainda, não é? Chega a hora de ir, e a gente nunca sabe quando nos veremos de novo, e isso me machuca. Amanhã vou sair com alguns amigos e queria que você conhecesse, mas a gente não pode ter essa proximidade exposta. Talvez hoje isso tudo seja errado, não pouco errado, muito errado, mas quando a gente gosta, a gente não pensa no que dizer, apenas diz. A gente não sabe quando iremos nos ver, apenas nos vemos. Mas foi em uma dessas madrugadas que você prometeu que não queria que nos afastassemos, e que não desistiria da gente e eu me permiti acreditar, mas aí eu te vejo desistindo, preso no seu comodismo sagrado.

Mais um dia qualquer me liga pra saber se cheguei bem em casa. Igual semana passada. Você me beija depois dá um oi bonitinho e finalmente pensa sem culpa no seu pseudo-amor, verifica se sua camisa está manchada de batom, e se depara com sua vida perfeitamente vazia: Já te disseram que não é saudável insistir em algo que não dá certo? Se não te disseram eu estou dizendo, quando eu deveria estar dizendo pra mim mesma.

 Você não sabe ao certo o que vê em mim, mas de alguma forma meu jeito elegantemente destrambelhado te encanta, não é? Você sabe que pode ter uma mulher mais gostosa do que eu, mas por alguma razão encerra a noite comigo que ainda rio das suas piadas. 

Aí você me liga, com aquele ar descompromissado e meigo de quem só quer ver uma amiga. Eu não faço a menor idéia do que vejo em você, mas seu jeito perfeitamente imperfeito me encanta. Você é um idiota, uma criança, um bobo alegre, um besta, um deslumbrado, um chato. Mas a sua delicadeza, a sua leveza como ser humano, me fez entregar o jogo. Eu posso ter o David Beckhan aos meus pés ainda assim, qualquer pessoas que tiver você ao lado, será a mais sortuda do mundo.

Aí a gente, sem saber ao certo o que está fazendo da nossa vida, somos um do outro, silenciosamente.  Mesmo tendo um lugar melhor para estar, acabamos mudando de idéia sobre continuarmos sendo estranhos, e indo direto ao assunto, e nos atraindo como imãs de polos distintos, e nos complementando como dois fios de eletricidade iguais. E lamento, por não ter te conhecido há dois anos atrás, e lamento por não ter chegado primeiro na sua vida, e lamento por não ter direito de lamentar nada, e nem de querer um espaço na sua vida. Mas eu te entendo, mesmo sendo um chato, um idiota, eu nunca irei me cansar de você. Você é um ser humano incrível. Nunca perca isso, essa sua essência de criança. Todas as vezes que te vi, eu gostei mais de você, eu que nunca vejo graça em nada e ninguém. Eu sempre estive pronta pra  terminar algo, ao invés de começar. Eu nunca vou entender porque a vida é assim. Eu nunca vou entender porque a gente continua voltando pra casa querendo ser de um do outro mas nós sabemos que o mundo não está pronto para nós, às circunstâncias nos obrigam a fingir que não houve nada, Porquê as nossas exatidões são como número de sinais distintos, em uma conta de mais, nunca haverá equilíbrio, não poderei correr para você quando nos esbarramos por ai, mas vou sorrir com os olhos, espero que você entenda. 


PARADOXO

Não precisa ligar e inventar um assunto banal pra fingir que nos conhecemos.
Me deixa,
Me deixa pensar que não é falta de tempo é falta de interesse.
Me deixa,
Me deixa pensa que o problema é comigo, e não com o seu status bo facebook.
Me deixa,
Me deixa pensar que você é completo demais pra se adaptar a minha vida mais ou menos.

Me deixa,

Não me liga não. Deixa meu sorriso desvanecer quando eu olhar as trocentas notificações, e não ter um sinal seu.

Me deixa,

Deixa eu me perder no vazio de outros olhares.
Posta mais fotos da sua viagem com legendinha clichê e escreve na minha cara quão ingênua eu sou.
Inventa algum motivo pra me ver só pra eu ver o quão bem que você está. 

Me faça querer jogar o meu moletom na máquina de lavar só pro seu cheiro desprender meu quarto.

Desestabilize meu equilíbrio e me faça querer mudar de assunto quando ouvir o seu nome.

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