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No meu caos sentimental 

eu te carrego, meu gelo imaginário se derrete e me contradiz enquanto desenho seu rosto perfeito no meu caderno cartográfico, o que temos pra hoje é um copo, um buraco, um ponto final, e algumas lembranças vagas. Talvez se você conseguisse ser sutil e perspicaz eu não estaria embriagada no meu desequilíbrio emocional. Ao meu redor não há janelas. Quando olho para cima me lembro do tempo despediçado, e lembro que você entrou e trouxe o avesso de mim. Mais adiante a imagem catatônica de um céu repleto de estrelas, que traçam a quilometragem infinita entre eu e a possibilidade, e você. Pode ser que talvez eu carregue no meu sangue o minimalismo melancólico de Pujol e nas paredes de gelo do seu peitos, onde só existe projeção pra garota que você pensa que ama. E quem sabe, enquanto você se ajeita na cadeira do cinema, eu encontre, o meu abismo em outros sorrisos, em outros cheiros, em outros abraços."

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