(...)
foram violentas minhas últimas despedidas, e a corrida de volta para casa, a pronúncia abafada de algumas palavras meio a delírios e lençóis de estranhos, ainda me incomodam. E, ainda, com a ingênua convicção de que com nós foi amor... como os anos passam depressa. Já são 2 anos desde abril de 2014, o destino foi imutável, nós não. Essa violência, meu amor, é irreparável. Moldo-me cada vez mais como mulher, como indivíduo, e estranho como você espelhou-se no seu pai. Eu preciso mudar o roteiro, mas a minha paz é latente. Às vezes penso em você e dói, porquê você viu o meu pecado e não me ateou fogo, e eu me afasto a cada dia de quem eu fui naquela época. Hoje nem eu me reconheço. Mergulho sem medo na efusividade das pessoas, e sei que o que está me esperando embaixo é a superfície vazia, pra mais uma vez ir de cara no chão, você não está mais lá, e assim eu sigo em círculos.
Paola. 21. Libra. Sou uma princesa prisioneira dos meus próprios dragões emocionais. E eu não preciso ser salva.
Nenhum comentário
Postar um comentário