eu gostava de te manter no jardim,
de te manter longe da minha casa arrumada,
enfeitando os dias de segunda feira,
brilhando o dia de domingo,
balançando as minhas roupas no varal,
você era uma brisa leve no fim de tarde,
brisa esta, que se transformou em vendaval,
e hoje é a personificação da bagunça,
entrou pela porta de trás e
até hoje acha estranho passar pela da frente.
se transformou no vendaval que inundou minhas tardes frescas de verão,
pintou minhas paredes de terra
com sua própria mão,
molhou as minhas roupas no varal,
e sujou o meu tapete com a lama dos seus pés,
me tirou do comodismo,
me fez acordar pra tirar o lixo
às segundas, quartas e sextas
e suspender a barra da calça pra andar na praia.
E me ensinou como trocar a lâmpada,
e como deixar o chuveiro no morno,
chegou feito chuva de verão,
mas insiste em ser tempestade
mas eu que sempre gosto de chuva,
desta vez talvez eu feche as janelas.
Paola. 21. Libra. Sou uma princesa prisioneira dos meus próprios dragões emocionais. E eu não preciso ser salva.
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