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Eu quase nunca lembro porquê eu te amei

“(…) olhe a falta que fizemos pela perda um do outro. Você chegou e bagunçou o que eu nunca consegui arrumar. Se culpe, em nome do seu orgulho agressivo e ferino. Corra e se esconda como uma criança com medo de um palhaço. Eu nem vou competir, como sempre levanto bandeira branca. Eu nunca te alcançaria.
Quero ouvir da sua boca que foi tudo em vão, quando você disser que nunca me amou, eu vou ter certeza que houve amor. Eu não devo estar louca. Houve amor, não houve? Algum daqueles momentos enfatizados pela minha mente fértil ficou gravado em alguma parte, ou talvez no fundinho da sua mente, eu sei que sim. Estou cansada da mesma história de sempre, tão velha e previsível. Senta aqui, me conta, qual droga que você colocou no meu café? Que tipo de oração você fez aos céus, para me ter assim? Tão inofensiva? Tão rendida? Tão sua? Eu que enjoo de viajens longas, de mensagens bonitinhas, de pessoas? Eu que não consigo gostar de uma pessoa por mais 2 meses. Eu que tenho pavor de amor recíproco. Eu juro que dessa vez dei o meu melhor pra dar tudo certo, se eu errei foi tentando acertar. Eu que não me importo com nada, nem ninguém, minha mente faz questão de reproduzir aquele tempo, e pela primeira vez, não é tudo tão vago. É maravilhoso. Sinto falta de como você fazia eu me sentir. Você afastava os meus medos junto dele minha coulrofobia. E fazia os meus medos parecerem minúsculos quando estava por perto. Sinto falta do amor que eu achava que sentia. Sinto falta de ter uma parcela de mim se enganando, permanecendo tão feliz que podia morrer.


Sua falta que me incomoda, me machuca, me atrapalha, ainda está aqui, acomodada em um espaço vago na minha cama.

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