Páginas

Como se a arma, de tão eficiente, já atirasse vermelho

(...) Eu sofro de mim, de mins.

Camuflo o que é simples. Eu queria ser novo ou velho o suficiente para ser um só, com espaço de sobra onde não só filosofia/teologia/poesia tivessem passe livre. Aquele velho papo de se encontrar e saber dizer, dar a palavra, colocar a mão no fogo. Aquela velha luz à meia-noite de uma semana antipática. Eu queria me sustentar sem nada. Ter coragem de não esperar futuro, sem objetivos, sem destino pela frente, sem estradas ou cidades ou pontes por onde ainda possivelmente irei passar. Desprovido dos mapas e das letras de canções da geração anterior. Sem ilusões, sem riscos, sem vítimas ou propósitos. Sem conhecer as histórias, sem gente para servir de inspiração, sem passado. SÓ EU. Sozinho. Para inventar vida de onde nunca saiu sequer um sopro de ar.

Nenhum comentário

Postar um comentário

Layout por Maryana Sales - Tecnologia Blogger