Eu te amo desde que eu tinha 19 anos de idade… Ou talvez 20, não lembro. Você me ensinou a pescar, me ensinou sobre a natureza, me ensinou jogar basquete, me acolheu com meus dramas e minha eternas crises internas. Foi o primeiro a abrir a porta do carro, e o primeiro a me dedicar uma música, o primeiro a me levar pro mundo e brincar de amar. Me fez gostar de Red Hot Chili Peppers e John Mayer, me fez ter crises de risos com suas piadas e suas cócegas… Eu era sua menina, sua amiga, sua estante que suportava o mundo por nós, você me ensinou a não ser tão frágil, mas eu ainda sou, você me levou pra conhecer o mundo, e brincava de me amar. Você me ensinou a jogar futebol e me levou pra assistir Sertanejo, eu que odeio sertanejo, você me fez entender porque funk anos 80 é bom, e me dedicou uma música de funk anos 80… Me levou no estádio de futebol pra ver o flamengo perder pro vasco, e questionou meu amor pelo São Paulo fc. Eu esperei pelo teu amor toda a minha vida. E um dia você veio… com essa alegria contagiante, nós nos achávamos e nos perdíamos e enfim eu me plantei ao teu lado só pra ouvir a tua gargalhada todos dias. Você me buscava no Colégio, e zombava do meu moletom, e até me entregava o seu quando fazia frio. Me empurrava no balanço, e me segurou nos ombros no show do Jorge e Mateus. Não era amor, daqueles mais sinceros, era? Você dizia que me amava, como nunca havia amado antes, eu tinha medo de dizer que te amava e não te amar mais no minuto seguinte, mas eu o amava, com todo o amor que a minha mãe me ensinou, amava tanto que, não consigo falar. Éramos inseparáveis separáveis, eu estava tão feliz, acho que nunca vou encontrar alguém que eu ame assim, que eu amei naquela noite na praia e escrevi nossos nomes na rocha. Acho que eu nunca mais vou amar alguém como eu amava aquela pessoa que me segurou no seu braço quando eu estive resfriada. Acho que eu nunca mais vou amar alguem, como eu amei você naquela noite chuvosa, que você não me passava a segurança que eu precisava, e me fez cogitar o término. Você mentiu, você me enganou, você trapaceou, me fez acreditar que nós éramos mesmo um do outro. Nossa ultima briga nos fez perceber que nada dura pra sempre, até as histórias mais lindas chegam a um fim... Nos abraçamos, e então finalmente saímos pela porta, mas em direções opostas. Ontem eu recebi uma ligação, era sua prima, ela disse que sentia muito por nós, e que a vida seguia, e disse que achava que seria a madrinha do nosso casamento, e que eu ia encontrar alguém assim como você encontrou. Eu não consegui chorar, porque eu sabia que era mentira, que a qualquer hora você iria me ligar pra me contar que aqueles planos estavam dando certo, e pra me contar que íamos viajar, pra longe dos meus pais, e também me diria que nós seriamos inseparáveis, e que meus pais nunca estragaria o que temos. Mas não existiu nenhuma ligação, nenhuma mensagem, nenhuma declaração de última hora, nenhum pedido pra eu ficar.
Nesse momento estou ouvindo uma música que diz assim: "Em outra vida, eu serei sua garota, e nós manteriamos nossa promessa e seríamos nós contra o mundo." Vai ser assim não vai? Você promete? Promete que essa dor vai passar. Jura que você ainda guarda aquele anel de plastico na sua carteira? Eu ainda consigo ouvir a sua risada quando eu imitava a sua forma de andar. Eu era a sua Hanna Banana, a sua princesa caroço. Ainda dói lembrar disso. Eu te odiava com todas as minhas forças quando você usava nariz de palhaço porquê você melhor do que ninguém, sabe das minhas fobias estranhas. Você foi a melhor parte da minha vida.
Essa não é uma carta de despedida. Eu te amo Capitão. Meu protetor. Trouxe esse amor de outras vidas e levo ele comigo pra frente. Porque vamos ser nós novamente, talvez não nessa vida, ou na próxima… Mas eu prometo que serei uma cozinheira melhor e não vou te fazer atrasar tanto pra faculdade por não conseguir deixar de te beijar. Eu te amo daqui a até o céu. Mesmo que eu não saiba o que seja amor.
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