Páginas

Ao meu amado, Rudolph

Ainda lembro quando você cabia na palma da minha mão, você cresceu tão rápido que o mundo era pequeno demais para você, você brigava para não tomar banho, e brigava pra não sair de dentro da água. Você tinha ciúmes do seu irmãozinho, e tinha medo de fogos de artifício, você foi um anjo da guarda, mas um anjo mesmo puro de coração, e uma inocência que transbordava. Distribuia o seu amor se é que existe amor, ah existe sim, o seu era amor sim, me amava com todos os pedacinhos do seu coração, me amava muito, ah Rudolph, queria ter passado mais tempo com você, queria não ter adiado aqueles sábados que eu não te levava para passear, queria ter deixado você dormir comigo naqueles dias de tempestade. Hoje minha vida está vazia esse texto não faz sentido pra você, mas é que tá doendo muito. Eu perdi alguém que eu amava muito, mesmo que eu nunca tenha te dito isso, mesmo quando brigava quando você pulava na minha roupa branca. Não consigo lembrar de como era o mundo antes de você. O problema é que quando a gente ama alguém, achamos que tudo é imortal. Os seus brinquedos ainda estão jogados na varanda, agora eu olho a sua casinha vazia e a tristeza que transborda nos meus olhos eu não consigo colocar em palavras. Eu fiz tudo o que podia, mas não deu, não existe dinheiro no mundo que te traga de volta. Meu amor, meu vagabundinho, você se foi  e não volta mais. Acho que de tanto brincar que você era imortal, acabei acreditando. E você deixou um vazio enorme aqui na nossa familia, esse silêncio é pertubador. Espero que você esteja no céu onde você pule, corra, espalhe o lixo de Deus mas não quebre as plantinhas dele. Acho que este é um até logo. Eu sei bem que você estava precisando de um lugar assim, espaçoso. Te amo daqui até o céu. Vou sentir sua falta pra sempre.

Nenhum comentário

Postar um comentário

Layout por Maryana Sales - Tecnologia Blogger