Hoje depois de alguns meses e uns quebrados, depois de tanto me cortar com o seu pseudo-amor-inconstante e não sentir nada além de indiferença, doeu. Doeu porquê você está feliz, e a realidade é dolorosa, a verdade é que eu sou a covarde que tem medo disso tudo. Medo do que você me faz sentir. Medo do que você ainda me faz sentir. Do desequilíbrio emocional que você trás junto a tempestade catastrófica de borboletas no estômago. Quase esqueci de mencionar que tive que ser forte, e engolir o choro, porquê você parecia feliz, e no fundo, bem no fundinho queria acreditar que você ainda tinha saudades. Por isso superdimensiono as suas palavras a última vez que nos falamos "Eu queria que fosse você." E me me afasto por não ser forte o suficiente pra te manter por perto. Ai você me beija, e eu fujo por fraqueza, acabo dando as costas para o que eu mais queria, porquê eu simplesmente não posso deixar você entrar. E sei que um dia vou sofrer a dor de te ver com ela novamente, e desta vez mais feliz do que na foto, e quiçá mais feliz do que na época em que você me buscava no portão do colégio. E eu vou lamentar, e odia-la, porque ela teve a coragem que eu não tive. Já consigo enxergar vocês dois sorrindo, em algum lugar, e vou torcer pra que os seus signos não combinem, porque não posso te sequestrar e dizer tudo aquilo que tá engasgado aqui, desde quando você me deixou no meu portão naquele 5 de julho. Talvez não doa tanto assim, porque no fundinho da minha alma eu sei que o amor nunca dura. Não é amor né? Por que a minha covardia não me permite escrever outro final para essa história? Por que a sua covardia me faz acreditar que você seguiu em frente mesmo? Eu te odeio, odeio porquê não posso te amar, odeio porque tenho medo de perder o controle e encerrar uma terça feira, escrevendo um texto pra você. Te odeio porque vocês combinam. Te odeio porque você tá deixando a barba crescer. Te odeio porque não posso perguntar de você pro seus amigos, sem transparecer que ainda me importo. E acabo assim me odiando também. Porque é mais fácil odiar, do que admitir que te quero de volta. Do que lutar por você. Assim eu vou seguindo… Alimentando raiva pra mascarar nossa história atrás daqueles refrões. Me mantenho longe, mas no fundinho queria me prender a você. E guardo aqueles infinitos textos que eu só queria que você soubesse. Digo aos 7 ventos as inverdades que o meu próprio orgulho inventou. E, que saber? Eu nem penso mais em você! Estou melhor agora! A gente nunca deu certo! Espero que seja feliz! Eu te odeio! Eu grito pra dentro pra ver se o meu próprio coração escuta. Uma mentira repetida mil vezes, uma hora se torna verdade. É difícil acertar o ponteiros entre o amor e o ódio. Quem escolhe viver de orgulho precisa se acostumar com as despedidas. A verdade é que eu prefiro te odiar a ter que admitir que te amo, sempre amei e sempre irei amar. É mais fácil assim. Hoje mesmo eu estou morrendo de saudades. Mas você nunca vai saber.
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