Você não precisa responder aquela ultima mensagem, ou se quer me mandar mensagens na quarta à noite. Você não tem mais que inventar uma desculpa para não me ver, aquela foi a ultima vez. Você não têm que perder o seu tempo em me perguntar sobre o jogo, o tempo, o clima, porquê eu não quero cair no sono e esperar uma mensagem sua quando eu acordar. Você não tem que ficar na defensiva quando eu involuntariamente ser fofa com você. Do quê você tem medo? Não responde não, eu não quero saber. Sabe qual a nossa diferença? Eu sei exatamente o que eu quero, e você não. Eu prefiro não levar nada à sério que não meu cursinho de alemão. E você? Existe algo que você leve à sério? Mas eu não te culpo não, se tem uma coisa que eu aprendi é que ninguém tem a obrigação de corresponder as expectativas que depositamos nelas. E quer saber? não vale apena mendigar atenção de quem ta distraído demais olhando para si mesmo. Estou cansada de tentar prolongar nosso assunto pra sentir que te tenho por perto. Sua pseudo presença é pouco demais para mim. Eu não preciso disso. Eu não sou um livro que você deixa para mais tarde. Não sou um troféu que você guarda na sua estante, e deixa empoeirado ali. E eu não quero, não posso e nem serei mais um decalque no seu lap-top, ou um enfeite na sua lista. Certa vez eu li que quando precisamos nos esforçar pra que um monólogo vire um diálogo é hora de parar, e aqui estou eu, levantando bandeira branca. Levanto bandeira branca pelo simples fato de não saber lidar com metades, metades inexpressivas, metades vazias. Eu sou um poço de expectativas, e você não é ao menos um eco do herói-cafajeste que a minha mente projetou há uns anos atrás. Você é apenas um garoto, sem dimensão nenhuma, sem nenhuma profundidade para o oceano pacífico de emoções que eu sou.
Sabe aquela noite? Que você me beijou? Sim aquela noite... Acabou sendo tudo tão estranho e tão estranhamente mágico, sim mágico, no sentido clichê da palavra. Fazia tanto tempo que eu não me sentia assim, que quando eu voltei para o meu quarto eu senti saudades de você. Mas ai eu acordo pra realidade e vejo que aquele herói destemido, engraçado, superestimado cheio de atributos que eu inventei na minha mente, nunca saiu de lá. Na vida real você é só um cara, com umas manias estranhas, defeitos e uns problemas emocionais, preso a um relacionamento com o vazio. É bom se sentir preso a alguém? Por que você me beijou? Não era mais fácil abrir a porta pra eu ir embora e se despedir com um sorriso no rosto? Eu não vou implorar pra que fique, não vou brigar com meu orgulho, pra encerrar outra noite escrevendo um texto sobre finais que nem tivereram um começo. Não espere também que eu implore atenção, ou se quer invente qualquer assunto pra sentir que tá tudo bem entre nós.
Eu sou o exagero em pessoa,
Eu amo incondicionalmente,
Eu quero incondicionalmente,
Eu odeio incondicionalmente...
Sou 8 ou 8000, quero tudo e quero agora, eu tenho urgência em ser feliz agora. O depois é inpalpável. O depois está repleto de incertezas, e eu fujo de interrogações. Eu quero o que é leve, sem poréns, sem contrários, sem paradigmas. Eu fui transparente demais pra admitir que eu te queria, Mas eu não permaneço onde não existe reciprocidade. Eu sou a própria inconsequência, mergulho em meio ao caos e gosto, mas eu não posso mergulhar em meio a sua superfície rasa, isso se chama autodestruição, e autodestruição é para os altruístas. A monotonia da sua vida mais ou menos nunca me atraiu. Sou intensa até a última célula do meu corpo, amo demais, sinto demais, quero demais, odeio demais, te quero agora, amanhã eu não sei. Eu sou assim, isso te assusta? Me dê um sim ou não. Mas nunca um talvez.
Paola. 21. Libra. Sou uma princesa prisioneira dos meus próprios dragões emocionais. E eu não preciso ser salva.
Não me deixe para depois
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Paola
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