Não vou atrás de ninguém, não mais. Nunca mais. Estou cansada de colocar toneladas de intensidade onde não tem nada. Estou cansada de correr milhas pra quem não dá um passo em minha direção. Cansada do velho clichê, de se doar por completo e receber em troca metades, metades vazias. Sinto falta de me apegar a alguém, mas eu me conheço, o sentimento recíproco me assusta, e eu prefiro me manter assim, longe de qualquer coisa que se pareça com amor, prefiro amar sozinha, sem a necessidade de reciprocidade, eu amo melhor quando me livro da pretensão de pertencer a alguém. Eu gosto de sentir que tenho alguém, mas não gosto da idéia de ser de alguém. Eu sou desastrada, sou destrambelhada, estabanada, eu estrago as coisas, eu atrapalho tudo o que está certo, eu bagunço o que levei anos para consertar, eu confundo paixão com amores. Eu não corro atrás, porquê meus pés estão cansados, esses saltos me incomodam, coração vazio é melhor do que coração partido. Eu rego minhas flores, e nem espero a primavera. Na falta de lágrimas eu choro essas palavras, na falta de palavras eu vomito minhas frustrações.
Eu te quero longe de todas as estrofes, todos os refrões, todas melodias lentas, todos os filmes com final feliz. Vou cessar minha armadura, mas eu te quero longe. Eu que te amo indiretamente, idiotamente, te quero longe. Não quero saber se você está com outra, com outras. Se seguiu em frente ou se ainda pensa em mim.
[00h48 quando desisti dos teus olhos castanhos.
03h22 quando arranquei tuas mãos sujas e frias do meu peito.
meu bem, você não vale essa porra de saudade.
acabou,
e eu não sinto muito dessa vez.]
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