me escombro nos pontos finais que demos a nós,
me escombro nas reticências que sobraram a cada capítulo incompleto. Interminável... a cada fio de esperança vivo, respirando através de aparelhos.
minha mãe me avisou pra eu estar preparada para o dia que você mudasse se ideia, e fosse embora...
e você foi.
Assim, de repente, sem despedida, sem mais, sem menos.
O que me restava era colocar a fé que eu nem tenho em Deus e pedir pra ele cuidar de você.
você pode até duvidar, mas até nos momentos de insanidade ainda lembro de você,
escorrem pelo tempo os milissegundos de ilusão jogados fora,
que deixamos escapar sem perceber, ao olharmos para algo fixo no horizonte, que se assemelhava a uma estrela cadente, mas era apenas um meteorito,
aquele ponto desejado que não cabia ao meteoro decidir, e sim a nós mesmos,
o meteoro serviu como complemento pra mais um texto que você nunca lerá, não nessa vida.
ainda lembro a última vez que você dormiu aqui, eu sabia que cedo ou tarde, você iria embora, mas não me deu nem a chance de pedir pra você ficar mais cinco minutinhos... Uma semana... Um mês, a vida inteira.
Eu lembro como minha mãe gostava de você, minha avó disse que viu você na fila do pão... E meu irmão? Ele se acostumou a não lembrar. Mas hoje, eu queria você aqui.
Paola. 21. Libra. Sou uma princesa prisioneira dos meus próprios dragões emocionais. E eu não preciso ser salva.
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