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Paola, lola, lolita...

Loa, você brinca de ser forte, mas você não é. você veste o seu vestido de ser única e autêntica, mas você é comum e tão igual aos outros como a maioria é. você teme o vazio e a solidão, mas se agarra neles como se fossem seu bote salva-vidas. você teme ser o que é e vira arco-íris. se transforma em várias e se torna quase uma multidão. Loa, você tem um país de personalidades em você. é escritora, atriz, bailarina e equilibrista. dançarina burlesca e constelação. escreve palavras tortas, poemas ruins e até e arrisca passos desajeitados e desarmônicos. és estrela destoante e interpreta tão bem quanto um bêbado finge sobriedade. Lolita, você coleciona corações partidos e cicatrizes porque não pensa antes de se jogar no abismo. você se entrega aos seus paralelismos e peculiaridades e vive se sufocando neles. Lola, você é uma árvore que escolheu crescer no concreto e isso te quebra e te deforma. você se apaixonou pelo mar e se jogou nele, mas esqueceu que você se afoga e se sufoca, enquanto ele continua tão denso como sempre foi. Loa, você tenta ser rasa pra sobreviver, mas continua se afogando, porque és profunda e não sobrevive a superfícies rasas.

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