Há muito tempo, que não te escrevo. Tenho procurado por essa sua essência de criança em cada pessoa que passa por mim, e te encontrado em cada pedaço de frase de efeito no meu seriado preferido. Venho tentando me libertar através de crônicas como essas, eu nunca quis tanto não ter o dom da escrita. Sofro dessa doença terminal, que me faz ver beleza nas coisas mórbidas, transformo seus olhos em poesia e ainda assim, arranjo uma maneira de te amar depois de tudo. Eu te adorava porque até sua seriedade era regada à poesia. Você inteiro era uma pilha de tudo o que é belo.
Seu espírito é o de alguém que ouve Red Hot Chili Peppers em uma tarde de domingo e escreve seus próprios poemas mudos. Sua aura é de alguém que toma café porque não aguenta a doçura do chá e e defende a inocência porquê é estravo a ingenuidade atrás dos meus olhos. Minha vontade é a de abraçar o mundo e você junto, e te xingar de todos os nomes por ser da parte mais filha da puta do zodíaco. É ainda que me doa deixar meus seriados de lado, meu hobbie preferido é escrever pra você e sobre você. E falar de você, e achar você nos refrões de engenheiros do hawaii, e ainda assim sobrar espaço pra dormir e sonhar com você. Gosto de narrar, assim mesmo, cada pedaço seu. Cada linha, cada traço, cada resquício da sua alma taurina que não tem nada compatível coma meu librianismo exceto a Lua em Vênus. Você não tem noção do poder que tem, é por isso que destrói tudo o que toca. Você se acha pequeno demais no mundo, mas é grande, e desastrado, tão desastrado que me teve nas suas mãos, e me deixou quebrar, como um vidro frágil. E tem medo dr se cortar, e eu tenho passado meus dias, tentando colar os pedacinhos. E é por você ser tão desastrado que eu me apeguei a você e a tudo o que te envolve. Por você ser tão bonito.
Eu só queria que você me deixasse te alcançar. Acho que gosto mais da inspiração que você me trás, que me faz querer escrever, relembrar, e embelezar nossa pseudo história, do que gosto de você. Deixa eu ficar por perto e absorver essa coisa de escritor que eu não tenho. Deixa eu escutar teus discos de Rock e te fazer um café enquanto você me fala que o Axl Rose não é nada comparado ao Anthony Kiedis, e que a minha devoção sagrada pelo Cobain é vã. Aparece aqui na minha porta, pra me explicar porquê seus relacionamentos não dão certo, eu vou te abraçar, e te - diferente de qualquer clichê - vou te abraçar e lamentar qualquer coisa sobre eu não ser a pessoa certa. Me deixa passar o dia com você, eu prometo estabelecer uma regra, e assino todos os juramentos certificando que não vou ultrapassar nenhum limite, eu juro de dedinho, nem uma olhadinha, nenhuma cara de boba, e eu juro que chego sábado à tarde e vou embora domingo de manhã. Porquê nossa história já foi escrita o fim, e tragédia seria se nós ficassemos juntos no final.
Paola. 21. Libra. Sou uma princesa prisioneira dos meus próprios dragões emocionais. E eu não preciso ser salva.
sexta-feira,
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de
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