Ps:. Leia ao som de Cassadee Pope : I guess we're cool.
Quero poder mergulhar em você, sem medo que a sua superfície seja rasa demais para o meu vício em profundidades extremas, quero poder me jogar de cabeça sem medo de dar de cara no chão.
Sou a própria inconsequência, mascaro minha personalidade impulsiva com bravura, e finjo que eu não tenho medo de me jogar, e pulo. Já dei de cara tantas vezes no chão, que os abismos ocos não me assustam mais. Ai você me prova que eu posso voar, e eu mergulho em queda livre, eu pulo, eu me machuco. Eu acredito nas pessoas, eu me decepciono, eu volto a acreditar, eu sou intensa até à ultima célula do corpo, eu penso eu falo, eu sou insegura embora eu nunca deixe transparecer, não tenho medo de me desculpar de dizer que sinto falta de me entregar pra quem não quer receber. Gosto de quem pensa e fala, grita e briga, e jogue as coisas pro alto e que no fim do dia ligue para fazer as pazes, que não me deixe ir dormir, pensando que o problema sou eu, eu sou assim, sou feita de extremos, não sei, não consigo, não posso ser menos que isso.
Eu sou tempestade, mas vou saber ser uma brisa de fim de tarde. Eu sou tempestade cósmica. Eu sou o extremo, eu transbordo amor e me afogo com a falta dele, mas vou saber respeitar a sua falta de palavras. Eu vou sentir sua falta mas vou saber respeitar o seu tempo e espaço. Eu sou socialmente ativa, mas vou entender quando você não querer sair do seu quarto. Eu sou naturalmente feliz, mas vou chorar quando te ver entristecer. Se por acaso quiser fugir pega minha mão não me diz nada, não, eu vou entender.
Só não me deixe escapar das suas mãos como um pássaro corre em direção a liberdade. Não me prenda a você só pelo prazer de me ter aí. Não me deixe de lado como aquelas palavras cruzadas que você deixa pra depois. Não deixe que o nosso comodismo, nos torne dois estranhos, não me deixa pensar que é perda de tempo, que a sua falta de tempo é falta de interesse, que sua vontade de ir embora é maior do que a de ficar. Não queira se tornar só um personagem pros meus textos metafóricos. Se me achar complicada demais me descomplica, se me achar precipitada demais me desacelera. Se me achar louca demais perca a sanidade comigo. Estou te dando a opção de se salvar de mim, você pode escolher correr como um menino assustado. Ou você pode escolher ficar e pularnos em direção ao abismo abstrato que somoa. Eu vou chorar, vou rir, vou me atrasar quando não souber o que vestir, vou ter crises emocionais, crises de risos, crises existenciais, mas se você não saber lidar, só me abraça, e eu vou entender. Há coisas que não precisam ser ditas para ser entendidas.
Mas se toda essa confusão for demais para você, saiba então que eu te entendo, que tudo bem não me ligar na hora marcada, tudo bem adiar aquele encontro pra amanhã, semana que vem, mês que vêm. Finja que não se importa com as coisas que eu escrevo, ignore as músicas que eu te sugerir, e então eu te liberto de toda confusão que eu sou, Te liberto dos meus textos, das minhas músicas. Te liberto de uma vida cheia de caos e desordem, orgulho e vontade de ficar abraçados, segurança e a falta dela. Te liberto de me ligar depois e pedir desculpas. Te liberto dos planos de fugir nos finais de semana. Te liberto do direito de ter alguém como eu na sua vida. Te liberto. Liberdade, bandeira branca, desistência, game over.
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