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O primeiro dia sem você

Aquele dia foi estranho, fiquei os dois meses seguintes olhando para o celular com uma esperança ingênua que fosse você, hoje foi um dia estranho, porque eu acordei com a mesma esperança ingênua de que fosse você. Estranho sentir falta de alguém que está morto dentro do cemitério das esperanças. Eu sentia tanto, que hoje só sinto um embrulho no estômago quando minha mente ecoa seu nome. Se tem uma coisa que eu aprendi com anos dando de cara no chão, é suportar a queda e sair ilesa. Ontem quis retroceder novamente, é esbarrar com você, mas eu fico ferida só de pensar. Porque retroceder dói. E ainda estou doendo pela batida, pelo choque, pela queda, pelo caos. estou doendo pelas minhas recusas, pela minha impotência, pelas minhas dúvidas, pela sua surdez, e sua alienação, pela sua burrice e pela  sua covardia. Eu odeio pensar em você, você que era meu primeiro pensamento ao acordar, hoje odeio as músicas que eu te mandava. Você que era minha pessoa favorita no mundo, hoje torço pra não esbarrar com você por aí. Me sinto pequena como jamais me senti. eu estou rastejando à procura de algo em que eu possa me agarrar pra ver um pouco de esperança em mim porque a minha fé ainda é uma questão, ainda é uma  pergunta em que eu  me faço todas as noites tentando chegar a uma conclusão, e me convencer que Deus existe, apenas está ignorando a minha existência, porque eu sou pequena demais pra caber nos planos de Deus. eu sou um ponto cego. eu me sinto sem direção e a fé. eu preciso seguir. eu preciso confortar o meu coração que a cada batida me faz desmoronar. Sinto falta da minha mãe, do meu pai, do meu gato, e do meu cachorro, das minhas amigas e de você. Eu não sei o que fazer, eu só escrevo. eu escrevo e me esvazio porque tentar se explicar é uma forma de entender a si mesmo.

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